1 | Recentemente recebi dois telefonemas – um de um policial civil de Guarapuava, outro de pecuarista de Umuarama, em busca de uma só informação: o endereço e/ou telefone do médico professor Ricardo Pasquini. E por uma simples razão: os dois, com casos graves de saúde na família, precisavam contatar o reputado hematologista, cujo trabalho e o magistério no HC da UFPR deram prestígio à Universidade Federal do Paraná.
2 | Na UFPR, os dois fizeram de tudo, mas não conseguiram o telefone de Pasquini.
A mim chegaram por causa do perfil biográfico que escrevi e publiquei de Pasquini no número 2 da coleção Vozes do Paraná, que eles descobriram pelo Google.
3 | Esse episódio que acabo de citar, e com o qual me envolvi, sugere que se indague sobre o fim das antigas e eficientes listas telefônicas. Elas fazem falta?
No Paraná, poucas restam, e destas, poucas têm expressão.
É importante lembrar que como parte da substituição das listas pelos meios digitais de busca, nem sempre o interessado saiu ganhando.
O Google poderá até responder com precisão à busca de endereços, nomes e telefones, mas não tem o compromisso profissional das velhas e boas listas telefônicas com suas páginas amarelas. E registro, a título de curiosidade: a última grande gráfica e editora especializada em listas telefônicas, a Editel, poderosa empresa colombiana, desativou o enorme parque industrial que mantinha na saída de São José dos Pinhais (saída para Joinville).