O mundo de hoje colocou de escanteio – ao que parece de forma definitiva – a língua francesa. Ela deixou de ser uma espécie de língua franca, o idioma por excelência da Diplomacia e dos Negócios, e do mundo cultural geral, com os quais foi identificada até o final dos anos 1950 no mundo todo.
A língua de Shakespeare, a partir de então, entrou numa escalada definitiva, foi tomando conta de todos os meios de comunicação e entendimento. Chegou sem pedir licença.
No Brasil, as gerações de homens e mulheres criados sob a influência do idioma de Molière – e com ares de requinte que isso implicava, nas artes, na culinária, na literatura, na moda – foram relegadas ao passado. E foram ficando sozinhas.
Por isso mesmo, “os últimos dos moicanos” que estudaram o idioma francês a partir do antigo Ginásio (correspondente ao Fundamental de hoje), não se contém, revoltam-se até, quando ouve no rádio, na televisão, na fala das ruas e entre amigos e familiares, a citação de 3 ruas de Curitiba (apenas um exemplo) com nomes franceses. E sendo pronunciados assim: Taunay (Tô-nê), Dr. Faivre (pronúncia correta é Févre) e Petit Carneiro (pronuncia-se sem a consoante final).