sábado, 15 novembro, 2025
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Presbiterianos estão abertos a todas correntes políticas

Reverendo Juarez Marcondes

Posição contrariaria recente documento, segundo o qual a igreja não recomenda a seus membros participação em grêmios políticos de esquerda

 

Para quem tenta entender o funcionamento das igrejas evangélicas no Brasil – hoje um tema acadêmico muito em voga -, recomendo que aprenda a separar as coisas. Primeiro, que não há, como se cita com freqüência, uma Igreja Evangélica no país. O que existe são milhares de microigrejas, ao lado de algumas de impressionante participação na vida comunitária do país. Caso exemplar das Assembleias de Deus, que abrigam dezenas de denominações e pelo menos três convenções nacionais.

Faço essa observação para que se anote a diferença existente, por exemplo, da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), das neopentecostais e pentecostais. A IPB se caracteriza por presença histórica relevante na vida do país, com obras educacionais e sociais – como o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba -, além de uma linha claramente conservadora em costumes e no plano social.

Roberto Brasileiro Silva, presidente da IPB

Pois o presidente da IPB , Roberto Brasileiro Silva, segundo o Estadão deste dia 22, está esclarecendo: a igreja não cerceia o direito de escolhas políticas de seus membros. Isso seria contrariar todo o espírito que rege a doutrina Calvinista.

O curitibano reverendo Juarez Marcondes, pastor principal da IPB da Comendador Araujo, disse hoje a este site que o noticiado, sobre alegado veto da Igreja a movimentos de esquerda, é assunto que poderá estar na assembleia geral da IPB que começa amanhã, 23, no Mato Grosso, Cuiabá.

– Tem gente se precipitando, o pastor presidente tem razão: presbiterianismo rima com liberdade de escolha. E o assunto, se for colocado em pauta, terá ainda um amplo exame, diz Marcondes.

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