domingo, 9 fevereiro, 2025
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Pereira, o parente de “Bob Field”; Ilana, a nostálgica da cidadezinha

capa---ideias-julhoSe não bastasse a opinião aguçada de Fábio Campana sobre nossa realidade política, a edição deste mês da revista Ideias tem dois textos primorosos que justificam também esse número da publicação.

Não são exatamente uma surpresa, pois a qualidade dos dois articulistas, Ilana Lerner, e Luiz Fernando Pereira – o Pereirinha – é bem conhecida.

Eles são costumeiros bons analistas de nosso mundo imediato. Mas os textos de agora são curiosos e reveladores de novos ângulos desses tipos humanos que Ilana e Luiz Fernando Pereira escondem.

2 – ILANA, URBANA

Ilana Lerner
Ilana Lerner

A mim me admira muito que uma mulher absolutamente urbana, que conheço desde que ela era criança, como Ilana, tenha uma sensibilidade tão aguçada para a realidade das pequenas cidades.

E esse é o tema da filha de Fani e Jaime Lerner: os encantos das cidades pequenos.

Cidadezinhas que têm charme, tonalidades, linguajar e fauna humana muito ricas, como ela mostra.

A gente fica até com vontade de abandonar a urbe.

Luiz Fernando Pereira
Luiz Fernando Pereira

A segunda surpresa é Luiz Fernando Pereira, que, a propósito, é bom lembrar, será um dos meus personagens de Vozes do Paraná 6 (lançamento em 18 de agosto).

Luiz Fernando, grande presença entre os advogados paranaenses da nova geração, revela traços de seu currículo, outrora marcado pela ‘doença infantil do esquerdismo’. E o faz com a maestria dos que muito leem.

E, por isso, sabem escrever bem.

3 – UM PARENTESCO DISTANTE

Roberto Campos
Roberto Campos

No caso dele, o pretexto da crônica mensal é falar de Roberto Campos, o enorme economista do Brasil. Na sua juventude Pereira criou-se aplaudindo e apoiando os anátemas dirigidos ao diplomata/economista, um gênio que o país não soube aproveitar bem.

O curioso é que, em sua profissão de fé em “Bob Field”, Pereira vai por um caminho no mínimo saboroso: mostra Campos como contraparente distante de sua mulher. E nisso reside toda a graça da crônica em que o jovem (42) vai se mostrando mestre.

“Fiquei os primeiros anos de minha vida sem o parentesco (com Campos). Só veio com o casamento, por afinidade, como acabei de explicar”, diz, para, em seguida sublinhar: “A afinidade ideológica veio um pouco antes. Mas foi avassaladora”.

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