Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo recebeu a iniciativa solidária de uma empresa
Neste ano, o Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo recebeu uma proposta e iniciativa de uma empresa para desenvolver protótipos de impressão em 3D de alguns instrumentos utilizados pelos assistidos em atividades de vida diária. A iniciativa foi desenvolvida pela empresa e teve o primeiro protótipo entregue no Complexo.
O primeiro protótipo que o Pequeno Cotolengo recebeu foi uma colher impressa em 3D. O objeto é um Dispositivo Assistivo Multifunção (D.A.M), que visa auxiliar pessoas com mobilidade reduzida a realizar tarefas do cotidiano. Uma das assistidas da Organização, que possuía pouca mobilidade com as mãos em decorrência da sua deficiência, recebeu uma colher adaptada para a utilização durante as refeições. A nova colher possui mais mobilidade e menos rigidez, permitindo um momento de alimentação mais confortável e inclusivo.
Além da colher, o dispositivo também permite que objetos que exigem uma pegada reta, como escovas de dente, talheres, lâminas de barbear, utensílios para escrita, entre outros, possam ser adaptados para uma pegada angulada, a qual pode ser ajustada de acordo com a necessidade específica do usuário.
Instrumentos como esses são também chamados de “tecnologias assistivas”, sendo dispositivos, técnicas e processos que promovem assistência à reabilitação, melhorando a qualidade de vida de pessoas com deficiência. No Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, a tecnologia assistiva é utilizada de diferentes maneiras, desde aparelhos de comunicação alternativa, em que assistidos sem comunicação verbal tem a possibilidade de se comunicar por meio de fichas, com símbolos gráficos e palavras que indicam sensações, expressões ou vontades até rampas de acessibilidade.
Para o diretor técnico do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, Dr. Tiago Kuchnir Martins de Oliveira (CRM PR – 24789), as tecnologias assistivas são métodos fundamentais para a acessibilidade dos assistidos. “Os protótipos de impressão em 3D foram equipamentos essenciais para a qualidade de vida diária dos assistidos que estão utilizando. Foram feitos estudos prévios, análises e testes para que essa forma de tecnologia assistiva pudesse ser aplicada em nossa Organização”, explicou o diretor.
O líder de produção e desenvolvimento de produto, Antonio Bösze, da empresa Maha 3D, que desenvolveu os protótipos para o Pequeno Cotolengo, comentou a importância do projeto para pessoas com deficiência. “Conseguimos desenvolver um produto que atingiu todas as exigências e que pode ser ajustado para cada assistido, de forma ergonômica e funcional. Para nós foi muito importante ver como a tecnologia, através da manufatura aditiva, pode auxiliar e impactar positivamente a vida de cada assistido, tornando-os cada vez mais independentes nas ações diárias”, afirmou. A ação foi realizada e analisada por vários integrantes da empresa, entre eles, o fundador e engenheiro responsável pela Maha 3D, Márcio Hauagge Salatiel.
Outros assistidos estão recebendo alguns protótipos que estão em fase de teste. Todos esses recursos são tecnologias assistivas que irão contribuir para o desenvolvimento de cada um deles.