A Ó TV, do Grupo RPCOM, vem fazendo um papel valioso no levantamento da memória recente do Paraná.
Quando Herivelton Oliveira comandou um de seus programas sobre o tema, participei de duas entrevistas na Ó TV, uma delas com Saul Raiz.
A propósito, quero registrar que, de outras vezes, quando citei livros sobre ex-governadores do Paraná, omiti aquele escrito pelo jornalista Pedro Washington no começo dos 2000. Pedro fez um trabalho muito oportuno, e com autoridade: ele conviveu com quase todos os governantes do Estado a partir do e 1960.
E registro também que a Ó TV está agora levantando momentos da vida e obra de ex-governadores.
2 – PARIGOT DO PLANEJAMENTO
Mas falar em ex-governadores me leva a lembrar a austeridade com que foi marcada a vida do professor Pedro Viriato Parigot de Souza. O seu curto governo foi definido pelo planejamento das ações públicas – trabalho realizado sob a condução de Ivo Simas Moreira e Belmiro Castor – e pela correção administrativa.
De certas missões especiais, Parigot cuidava delas pessoalmente. Tal como fez quando pediu a um de seus secretários de Estado a relação dos 100 maiores contribuintes de ICMS do Paraná, para os quais enviaria carta pessoal, pedindo-lhes apoio para a campanha de ampliação de arrecadação do Imposto.
3 – NADA ESCAPAVA A ELE
O olhar de lince de Parigot foi fatal para o infeliz secretário, que acabou entregando ao governador uma relação de cartas a assinalar que ele, num rápido exame, eliminou em pelo menos 60%. O motivo: estavam cheias de erros: “Esta empresa mudou de razão social, esta outra não mais tem fula no diretor, aquela mudou-se do Paraná”, foi corrigindo Parigot.
O secretário, derrotado pela precisão e conhecimento que Parigot tinha da realidade paranaense, saiu do gabinete do governador direto para o banheiro.
Acometido de uma enorme dor de barriga, de fundo somático, é claro.