O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) está encontrando muitas pedras em seu caminho, desde que decidiu concorrer ao Senado pelo Paraná. Agora, enfrenta novo pedido de impugnação à sua candidatura, promovido pelo PMN, o ex-partido de Rafael Valdomiro Greca de Macedo, questionando seu domicílio eleitoral.
Tudo isso significa, ao mesmo tempo, mais tribulações ao seu chefe de campanha, o publicitário Marcello Cattani, ex-secretário de Comunicação Social de Beto Richa, dono de alguns bons saldos de campanhas em que foi vencedor.
Cattani, a quem cheguei a elogiar, no passado por suas qualidades de homem de marketing eleitoral, já passou “poucas e boas na atividade”, relata uma fonte do gabinete de Greca de Macedo. O maior susto foi quando, ao ser demitido por Greca, teve de enfrentar um destampatório promovido por advogado que sabidamente é o homem forte do alcaide (depois dele, vem o Lucas, o assessor de todas as horas). Tudo em meio a uma conversa pesada, dolorida, em torno do preço de vídeos produzidos para a Secretaria de Comunicação Social. Questão fiscal, e demais questões.
O lamentável – dizem amigos de Cattani – é que Greca não só se omitiu no exame das acusações mútuas que marcaram a culminância da crise. Mais que isso: ficou com GG, deixando um saldo de questionamentos que, de alguma forma, podem atingir Cattani em sua ação ao lado de Sérgio Moro, o político dono de uma vida proba acima de cogitações. Acima de quaisquer suspeitas.
O que parece certo é que Cattani tem o dom da sobrevivência no universo das campanhas eleitorais.