Por Luca Rischbieter, sócio fundador da Casa Labirinto
Na foto acima, vemos Ernesto Geisel (1907-1996) e meu pai, Karlos Rischbieter (1927-2013). Meu pai foi presidente da Caixa e do Banco do Brasil durante a presidência do General Geisel. E digo, com 100% de certeza, que aí estão duas pessoas que, se entre nós ainda estivessem, votariam e pediriam voto, já no 1º turno, em Lula e Alckmin… O desprezo do General Ernesto Geisel pelo “mau soldado” Bolsonaro era público e notório.
E o vice presidente de Bolsonaro, o general Mourão, é da turma de outro general, Silvio Frota, demitido do Ministério do Exército de Geisel em outubro de 1977, em um momento decisivo da longa jornada para fora da ditadura. A banda podre do Exército brasileiro, hoje instalada no poder…
Agora, se você gosta de gente como os generais Heleno ou Pazzuelo, vota no Ciro, vota na Simone. Ou vota no inconcebível Bolsonaro. Afinal, destruir um país é um lindo projeto, né? Vota no negacionismo que matou desnecessariamente pelo menos 500 mil pessoas na pandemia. Como não? Pode argumentar…
Vota por mais assassinatos de pessoas maravilhosas como Bruno (Pereira) e Dom (Philips). Vota no orçamento secreto, vota na fome. Você está de parabéns.
Nem meu pai, nem Geisel, ouviriam a Jovem Pan, ou as opiniões dos extremistas de direita a quem, de forma vergonhosa e cúmplice, ela e a Gazeta do Povo dão abrigo e voz. Não é? Mas como não?
É preciso, é urgente, arrepender-se e envergonhar-se de qualquer forma de apoio ao governo mais criminoso da história. Qual o problema de se arrepender? Eu, por exemplo, morro de vergonha de ter pedido voto uma vez, no 2º turno, para a degradação asfaltante e tola instalada na Prefeitura de Curitiba. E olha que não tinha nenhum Haddd do outro lado…
É isso. Por piedade e por amor às tuas crianças, ao Brasil e ao planeta, reflita. Diga não à extrema direita.