quarta-feira, 5 fevereiro, 2025
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Opinião de Valor: Oriente Médio

Antenor Demeterco Jr.
Antenor Demeterco Jr.

Por Antenor Demeterco Jr.

O jornal Folha de São Paulo, em 07 de agosto do corrente ano, trouxe matéria sobre as negociações no Egito entre o Hamas e os Israelenses.

O grupo radical, que controla Gaza, rejeitou a ideia de renovar o cessar fogo de 72 horas.

Moussa Abu Marzouk, um dos líderes do Hamas, noticiou que não há acordo para estender a trégua.

E, em entrevista ao jornal “The New York Times”, disse que Israel não pode obter o desarmamento do Hamas, e que o “braço armado” do grupo seguirá “independente” da ala civil.

Este cidadão integra o “conselho consultivo” que dirige o Hamas, e é conhecido, também, como Abou Oumar, e muitas vezes é apontado como chefe real do movimento (cf. Encyclopédie des Terrorismes, de Jacques Baud, p. 114).

O braço militar responsável pela faixa de Gaza chamado “Izz al-Din al-Kassan” ou “Azzedine al-Kassan”, seria integrado por uns três mil membros (isto por volta de 1999), formados em terrorismo e guerrilha urbana.

Os extremistas trabalham em “pequenas células”, de maneira compartimentada, sendo difícil extrair informações ou penetrá-las.

E, sabidamente, atuam entre a sofrida população palestina, e de lá molestam, dia a dia, os cidadãos israelenses com seus foguetes.

E submetem aquela a represálias de modernas forças militares, de caso pensado.

O Hamas considera a guerra como o único meio de liberar os territórios ocupados, e estabelece um laço direto e a identificação entre o Islã e a tal liberação.

Qualquer compromisso sobre os territórios ocupados é interpretado como uma concessão sobre o próprio Islã (cf. “ibidem” p. 117).

O movimento se opõe a “toda” negociação com Israel e propõe a liberação da Palestina e a criação de um Estado Islâmico (Carta, de 18 de agosto de 1988).

Mantidos os princípios que regem o Hamas, continuarão a serem expedidos os foguetes, e as represálias acentuadas em resposta.

Tudo “ad aeternum”, pois, como quer o chefe Abou Oumar, o “braço armado” do movimento seguirá “independente”.

Todo o mundo sabe para quê.

Quem mais contabiliza cadáveres, lamentavelmente, tem menos interesse em tréguas.

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