quarta-feira, 19 novembro, 2025
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Opinião de Valor: Mortalidade materna

Cel. Audilene Rosa de Paula Dias Rocha

A saúde do ser humano sempre foi e será alvo de preocupações, especialmente se traz risco de morte. A mortalidade materna não difere e varia dependendo da região de sua ocorrência, pois, subordina-se a assistência que as gestantes recebem durante o pré-natal, o parto e depois do parto, da equipe que as atende e da estrutura hospitalar disponível. Outro fator crucial é a distância das residências das gestantes às unidades de saúde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os brasileiros percorrem 155 km, em média, para ter acesso a leitos de UTI, quando o recomendado é não exceder 20 km, havendo demora no transporte para unidades com estruturas e suportes adequados.

No Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, registros apontam que o Brasil teve média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos em 2021, que, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, representa crescimento de 41,9% no número de mortes em relação a 2020. O objetivo de desenvolvimento sustentável na área de Saúde e Bem-Estar pela Agenda da ONU (Organização das Nações Unidas) é a redução global desse índice para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos até 2030, ainda, estamos longe desse objetivo.

A maioria das mortes, tanto materna quanto do recém-nascido, poderia ser evitada, conforme a Organização Pan-Americana de Saúde com a necessária atenção antes, durante e após o parto. Também externa que as principais causas da mortalidade materna são: hipertensão, hemorragia, infecção puerperal, complicações no parto e abortos.

Para muitas mulheres e seus familiares, o sonho de ser mãe se torna pesadelo, portanto, é necessário refletir sobre o sistema de atenção à saúde às gestantes e puérperas e operacionalizar as devidas mudanças para reduzir a taxa de mortalidade. Reduzindo fragilidades do sistema é possível, sim, reduzir a taxa de mortalidade. Pense nisso!

Abraços a todos(as) e que Deus os(as) abençoe!

Coronel Audilene

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