O militar estadual, durante sua trajetória na vida profissional, depara-se com muitas situações ruins, vê e ouve coisas inacreditáveis. Atualmente a banalização da vida é grande, por motivos insignificantes, que chega a ser estarrecedor. As justificativas para matar, agredir, estuprar, torturar, humilhar, entre outros fatores, tornou-se tão comum que surpreende até aqueles que atuam na segurança pública. O que leva pessoas a se tornarem tão frias, a não atribuírem valor a vida e a dor alheia? O que aconteceu com a empatia? Muitos não sabem o significado.
O ser humano é interdependente um do outro, necessita dos relacionamentos para se sentir realizado, não vive sozinho, então, porque observamos tanto desprezo pelo outro e por suas necessidades? O fato é que muitos indivíduos se desconectaram uns dos outros e esse processo, também, atinge a capacidade de sentir e de racionalizar. Sabem, sim, o que é certo e errado, porém, não se importam com isso. Parece que construíram um mundo próprio, usufruem do que podem do ambiente a sua volta, sugam o que está a sua volta, como vampiros, mas, não há nenhuma preocupação em se adequar e retribuir ao outro, nem sequer o respeito.
Necessário é refletir no que estamos fazendo de errado, enquanto indivíduo, enquanto família, enquanto igreja, enquanto sociedade para produzirmos esses resultados tão danosos e mudarmos esse estado de coisas. Não há dúvida de que será uma construção lenta e dolorosa para se detectar as causas e implantar soluções viáveis. Será um desafio homérico, entretanto, deve ser realizado.
Abraços a todos(as) e que Deus os(as) abençoe!
Coronel Audilene