segunda-feira, 15 setembro, 2025
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Odelair Rodrigues é tema de peça e exposição no Festival de Curitiba

Assessoria

O Festival de Curitiba terá na programação do Fringe a montagem “Odelair – uma peça teatral”, que presta homenagem à musa do teatro paranaense Odelair Rodrigues. Além disso, a artista é tema de uma exposição que já está em cartaz. Odelair é considerada a primeira atriz negra da capital. Ela também foi pioneira na televisão e nas radionovelas.

Em formato de metateatro, a montagem da Cia Kà de Teatro conta com momentos marcantes e inéditos sobre a trajetória de Odelair. Quem assina a direção é Kelvin Millarch, acompanhado pela assistente de direção Amanda Soares. A trajetória de Odelair, que foi uma das pioneiras na difusão da cultura teatral no estado, chega aos palcos após o sucesso do curta-metragem “Um prólogo para Odelair Rodrigues’”, estreado em 2021.

“É um projeto que busca preservar a memória da atriz paranaense de forma a valorizar sua trajetória no teatro, rádio e TV. Com ele, pretendemos trazer à cena uma narrativa completa, forte e presente da vida e obra de uma atriz que será representada por também atrizes negras e paranaenses”, conta Kelvin Millarch.

Peça e exposição homenageiam musa do teatro paranaense

A peça terá duas exibições, ambas no dia 08/04, no Espaço Excêntrico Mauro Zanatta, às 16h e 20h.

EXPOSIÇÃO

Além da peça que será exibida no festival, a Cia Kà de Teatro promove dentro do Fringe a exposição ”É SER ODELAIR”, que se iniciou no dia 1° deste mês e se estende até o dia 10 de abril, no novo Café do Teatro, em Curitiba. No dia 27 de Janeiro, Odelair completaria 88 anos – ela faleceu no dia 1° de julho de 2003. A exposição e a peça, conforme Kelvin Millarch, são uma forma de homenageá-la.

HISTÓRIA

A história da atriz paranaense começou em 1952, quando passou a integrar o grupo de Teatro Experimental do Colégio Estadual do Paraná. Odelair entrou em cena no espetáculo “O filho pródigo”. Formou-se em contabilidade e por não conseguir se posicionar profissionalmente na área foi trabalhar como doméstica. Ajudou a fundar o Teatro de Bolso, localizado na Praça Rui Barbosa, e foi integrante do Teatro de Comédia do Paraná. Ganhou diversas premiações ao longo de sua vida profissional. Casou-se, mudou para o Rio de Janeiro, e retornou a Curitiba. Viveu preconceitos, devido à cor de sua pele, desde adolescente.

Um de seus personagens mais conhecidos é “Bidê”, com o qual contracenava com o ator Ary Fontoura, na TV Paraná, na década de 1960.

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