Dois meses após decreto de emergência devido à grave situação sanitária de indígenas, muita ajuda já chegou, mas há promessas não cumpridas
Agência DW
Em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Terra Indígena Raposa Serra do Sol nesta segunda (13), em Roraima, líderes yanomami e de outros povos indígenas apresentaram uma lista de problemas antigos e fizeram reivindicações.
Quase dois meses depois de o governo federal declarar emergência na Terra Indígena Yanomami devido à grave situação sanitária e de destruição, a ajuda prometida por Lula ao visitar a região em 21 de janeiro chegou, mas muitas promessas continuam em aberto.
Agora, Lula viajou novamente à Roraima, desta vez para participar da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas, que reúne até esta terça-feira mais de 2 mil indígenas de nove etnias – entre elas yanomami – e recebeu uma carta com reinvindicações. Segundo a organização do evento, é a primeira vez que a assembleia conta com a presença de um presidente da República.
O que precisa ser feito
Na Assembleia, o líder yanomami Davi Kopenawa pediu ao presidente que acelere a montagem de um hospital de campanha na região de Surucucu, uma das promessas do petista que ainda não foi cumprida.
Na carta entregue ao presidente, os indígenas pedem também, entre outras demandas, a borrifação contra a malária, urgência em prestar auxílio a comunidades onde crianças seguem com desnutrição grave e mais ações contra a iminência de invasão de territórios por fazendeiros, sobretudo os que plantam soja.