Segundo uma fonte do gabinete de Greca, “foi só a secretária brilhar” para o alcaide determinar absurdos. Um deles, decretos substituindo portarias…
Muitas vezes a coluna mostrou fortes críticas a ações da secretária Municipal de Saúde, Márcia Huçulak. Posição assumida diante de reclamações várias, como em áreas médicas de Curitiba. Uma das mais fortes reclamações centra-se no fato de ela supostamente ter o que seria “uma precária formação em Enfermagem”; e mais: é considerada um “trator”, que não acata opiniões bem fundamentadas, um ser egocentrado – segundo tais críticos.
Hoje a coluna ouviu diversas fontes que atuam próximo a Márcia, companheiros do primeiro escalão da administração Greca de Macedo, como ela.
As observações que seguem, pois, refletem informações a considerar (direito do contraditório) que, quem sabe, ajudarão até a explicar sobre como Márcia atua no momento da pandemia.
Assim, a seguir mostro a síntese dessas opiniões. A síntese é redigida por uma médica, que me pede absoluto anonimato (“não quero apanhar de alguns lados e perder o cargo”, diz a senhora). Ela, em tom quase jornalístico-analista, resume esse novo olhar que a coluna registra (atendendo a pedidos de “isenção”).
O leitor que acompanhe esse “outro lado” da controvertida Huçulak, o que pode até redimir a imagem pública da enfermeira. Pelo relatado, Márcia seria, isso sim, uma das poucas exceções do staff do alcaide, da Aranha Marrom e GG. Leia o depoimento:
“TODO MANDETTA…”
“Há quem diga que todo Mandetta tem o seu Bolsonaro. Enquanto o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, traz luz para combater o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro arrasta o obscurantismo e a desinformação a respeito da doença covid-19.
ACONTECE AQUI
Em Curitiba não é diferente. A secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, tem feito um trabalho hercúleo para manter os curitibanos informados e tem tomado medidas para conter a doença. Mas o prefeito tem sido a pedra no sapato de Huçulak.
COMITÊ EFICIENTE
Desde que começou a disseminação do vírus, Márcia montou um comitê de crise reunindo todos os secretários municipais, que se reúnem no prédio da Secretaria Municipal da Saúde, perto do Mercado Municipal, no Rebouças. Em três reuniões curtas e objetivas, foram tomadas as primeiras ações de controle, a montagem de estratégias iniciais, a definição e o cronograma do que fechava e a organização dos hospitais privados de Curitiba.
DANDO CARA A TAPA
Como estratégia, Márcia deu a cara a tapa, foi falar diretamente com todos os meios de comunicação da cidade, dando informações para esclarecer as dúvidas que surgiam entre repórteres e na sociedade.
Foi a secretária brilhar, que a coisa degringolou.
GRECA PERDE TEMPO
O prefeito Rafael Greca passou a ir às reuniões. O que durava uma hora, passou a tomar a tarde toda de secretários, prejudicando as tomadas de decisões rápidas. Outra ação foi a redução das portarias publicadas pelos secretários municipais. Agora é quase tudo por decreto, que são assinados pelo prefeito, ou a portarias precisam ser concentradas no núcleo duro do gabinete, vide Mônica Santana, GG e Margarita.
…E CURITIBA ERRA…
Depois disso, Curitiba passou a errar.
O resultado foi a manutenção da Feira do Largo da Ordem, em um momento que se restringiam aglomerações, o que foi criticado pela sociedade curitibana; a demora em restringir o funcionamento de cabeleireiros, por causa da necessidade do mesmo para cuidar do cabelo de Margarita Sansone; e a urgência em fechar as baladas, por temor de contágio de seu assistente Lucas Navarro, o primeiro-assessor especial (que será sempre o primeiro entre todos os assistentes do alcaide).
MÁRCIA METRALHADA
Além das derrapadas, Greca, talvez por ciúme, começou a metralhar a secretária Márcia Huçulak nas reuniões do comitê de crise.
A ligação dela com o deputado federal e ex-prefeito, Luciano Ducci, tem sido lembrada de forma pejorativa nas reuniões. Mesmo com a equipe da saúde dando o sangue pela cidade, Greca humilha Huçulak e de quebra sobra também para o secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur, que foi da equipe de Ducci.
PREÇO DO BRILHO
Sem controle, querendo brilhar na crise do coronavírus, Greca vem se tornando “o Bolsonaro”, prejudicando a cidade e governando apenas com o ego.”