O novo Hospital Nossa Senhora do Rocio, de Campo Largo, o enorme complexo médico, equipadíssimo e dentro das mais modernas e aceitáveis concepções arquitetônicas mundiais para instituições dessa natureza, tem um custo que fontes oficiais não revelam.
E eu, assim por cima, acredito até que deva ter custado mais do que o até agora mais moderno hospital do Paraná, o Marcelino Champagnat, da PUCPR, cuja construção custou, à época de sua inauguração, em 2013, cerca de R$ 60 milhões.
Dinheiro do dono
Pois fonte não oficial, da Prefeitura de Campo Largo, garante-me que o novo Hospital N.S.do Rocio significou gastos de pelo menos R$ 70 milhões.
A maior parte desse investimento, segundo ainda fontes não oficiais, teria sido bancada pelo proprietário do complexo hospitalar, erguido em área de 54 mil m² de construção e num terreno de 98 mil m². Assim, a maior parte seria de recursos próprios do dono do empreendimento, o médico Luiz Fernando Wendler.
Mas não acha médicos…
Médico muito bem sucedido, Wendler parece apostar mesmo no futuro: terá 1.200 leitos para particulares e clientes do SUS, 27 salas cirúrgicas e heliponto. Cinco andares, no novo endereço, Estrada do Lago.
Quando alguém lhe pergunta sobre se vale a pena continuar com o SUS, diante das baixas retribuições do sistema, Wendler responde: “Mas o SUS, pelo menos, paga…”
A grande dificuldade que Wendler encontra está na mão de obra essencial: faltam médicos e, parece, as tentativas de contratar profissionais do Paraná para seu novo hospital não têm dado bons resultados. Assim, partirá para buscar quadros médicos de fora.
O salário pode ser convidativo: R$ 23 mil mês.