Redação com assessorias e Diário Induscom – A seguir, confira algumas notas sobre o xadrez político da pré-campanha para as eleições 2024 em Curitiba.
Ducci e Goura?
As conversas entre os dirigentes partidários vão evoluindo e vai se encaminhando a composição da chapa dos partidos de esquerda para a eleição à prefeitura de Curitiba. Com o aval e apoio do PT, a chapa poderá ser definida com o deputado federal Luciano Ducci como candidato à sucessão de Rafael Greca e o deputado estadual Goura (PDT) como candidato a vice-prefeito. Nessa configuração, o PT abriria mão de indicar um nome na chapa, que teria ainda o apoio do PV e do PC do B. A tarefa de Ducci será árdua: sabendo sobre o conservadorismo do eleitor curitibano, a união dos partidos de esquerda fortalece a chapa formada ter chances na eleição de outubro.
Ala do PT quer candidatura própria
Apesar de a maioria do partido – incluindo a presidente nacional, deputada federal Gleisi Hoffmann e o presidente estadual, deputado estadual Arilson Chiorato – optar pelo apoio do PT a uma candidatura de esquerda que tenha chance de chegar à prefeitura de Curitiba, uma ala minoritária quer a candidatura própria do PT nas eleições para prefeito de Curitiba. Esta ala se reuniu noite desta segunda-feira (19), na sede do Sindicato dos Bancários, no Centro, para discutir a candidatura própria. Nomes expressivos como o deputado federal Zeca Dirceu, o ex-governador e ex-senador Roberto Requião, o deputado estadual Requião Filho, a deputada federal Carol Dartora e o deputado estadual Renato Freitas estão entre os que não querem que o PT apóie outros partidos.
“São lideranças de Curitiba e do Paraná que defendem a candidatura própria para prefeito. Estamos buscando mais apoio e assim dialogar com os partidos que integram a Frente Ampla (PT, PV, PCdoB, PDT e PSB), mostrando que a melhor opção é o candidato do presidente Lula, é o candidato do PT, para disputar a capital do Paraná”, aponta Zeca Dirceu.
PP quer protagonismo
O PP quer ser protagonista nas eleiçõesde Curitiba. O partido do secretário de Indústria, Comércio e Serviços, deputado federal licenciado, Ricardo Barros oficializou que a deputada estadual Maria Victoria, filha de Ricardo, é pré-candidata à prefeitura de Curitiba. Isso significa que o PP quer ter a vice na chapa de Eduardo Pimentel (PSD), o candidato do governador Ratinho Jr. e do prefeito Rafael Greca. Além da eleição municipal, Barros segue de olho no julgamento do senador Sergio Moro. Caso Moro seja cassado, o secretário quer ser candidato ao Senado, apesar de o governador apoiar Paulo Martins (PL), agora assessor especial do governo do estado.
Alexandre Leprevost deixa a base do prefeito
Na Câmara Municipal, há dez meses do fim do mandato de Rafael Greca, uma baixa na base: o vereador Alexandre Leprevost (Solidariedade) acaba de deixar a bancada de apoio ao prefeito. Em nota, o vereador explica que o pedido teria vindo de Eduardo Pimentel, por meio do secretário Luiz Fernando Jamur, mas que sua decisão de deixar a base já estava programada. “Gosto do Rafael Greca. Porém, os abusos cometidos pelo vice estão comprometendo negativamente estes últimos meses do prefeito no cargo. Não quero fazer parte disto. Pra mim, ética e lealdade vem em primeiro lugar”, afirmou Alexandre Leprevost, que é irmão do deputado estadual Ney Leprevost (União), pré-candidato ao Palácio 29 de Março.
Águas de Março
Em nota, o União Brasil afirma que vai fazer uma “limpa geral” na sua bancada da Câmara de Curitiba. Os atuais vereadores, desde há muito desalinhados com as direções estadual e municipal do partido, estão sendo gentilmente convidados a assinar sua desfiliação até 7 de março, início da chamada “janela partidária”.
“Queremos montar uma chapa com gente nova, leal e que não esteja amarrada com a máquina pública. Gente que tenha coragem de defender o povo de Curitiba contra os interesses poderosos do sistema”, afirma Cristiano Ribas, responsável pela articulação e montagem da chapa que tem por objetivo eleger, no mínimo, seis novos vereadores em outubro deste 2024.