domingo, 22 junho, 2025
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NO RASTROS DA UTOPIA, AMPLO BALANÇO DO POETA

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Catarinense radicado no Paraná, Manoel de Andrade deixou o Brasil em março de 1969, quando os agentes da Ditadura o procuravam pela panfletagem de seus poemas políticos. Percorreu toda a América Latina e chegou até a Califórnia, levando seu canto libertário aos mais variados recantos da cultura.

Seus poemas apareceram em jornais, revistas, publicações acadêmicas, cartazes, opúsculos, folhas soltas e panfletos. Promoveu debates, ministrou palestras e conferências e declamou seus versos em universidades, teatros, galerias de arte, festivais de cultura, congresso de poetas, sindicatos, reuniões públicas, privadas e clandestinas e até no interior das minas de estanho da Bolívia.

Maneco, como é mais conhecido, está com novo livro na praça, Nos Rastros da Utopia.

500 ANOS DE LUTA

Seu livro Nos Rastros da Utopia a ser lançado na quarta, 19, na Livrarias Curitiba, Shopping Estação, é um palco onde desfilam cenas dos 500 anos das lutas libertárias do continente, revelando uma América Latina na intimidade cultural de cada país. Nesse longo transcurso conviveu com indígenas, mineiros, estudantes, guerrilheiros e com refugiados de muitas pátrias. Foi amigo de poetas, escritores, jornalistas, cineastas, embaixadores, arquitetos e pintores. Seu primeiro livro, Poemas para a Liberdade, teve sete edições no exterior e, pelo eco dos seus versos, foi expulso da Bolívia, preso e expulso do Peru e da Colômbia, constrangido a fugir precipitadamente de Quito e obrigou-se a destruir seu diário de viagem na Nicarágua.

UMA AMÉRICA DESCONHECIDA

Nos Rastros da Utopia é uma longa crônica de um viandante onde se celebra e se canta, se questiona e se dá o testemunho de uma América ainda desconhecida por muitos brasileiros. É, acima de tudo, a longa crônica de um poeta que sonhou com o impossível, e cruzou tantas fronteiras, acreditando que pudesse mudar o mundo com seus versos. É também um convite a viajar por caminhos e por um tempo fascinantes, em que o sonho e a esperança comandavam os rumos da História.

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