
Em live gravada neste sábado, 18, na rampa do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a retomada das atividades econômicas em meio à crise do novo coronavírus. Bolsonaro disse que a reabertura do comércio é necessária para evitar o colapso da economia. “Falta humildade para as pessoas que estão bloqueando tudo de forma radical. Humildade. Voltar atrás em alguma coisa. Começar a abrir. Logicamente, o comércio abrindo com os devidos cuidados. Luvas, máscaras, álcool gel. Seja o que for. Campanhas educativas”, sugeriu. O presidente afirmou que, no que depender de seus esforços, a “flexibilização” vai começar.
- A reação de Doria.
Alvo preferencial de carreatas e das declarações do próprio presidente da República, o governador de São Paulo, João Doria, reagiu neste sábado, 18, às críticas ao isolamento social implementado no estado devido ao surto do novo coronavírus. O protesto ocorreu um dia após o anúncio da prorrogação da quarentena até 10 de maio. No Twitter, o tucano lembrou que o número de mortes provocadas pela Covid-19 em território paulista chegou a 991 — a doença alcançou 225 municípios. “No mesmo dia, algumas manifestações a favor do coronavírus sugiram como ato de sabotar o trabalho de profissionais de saúde, que continuam lutando para salvar vidas”, afirmou. Doria acrescentou que, no Brasil, “alguns insistem em tratar a doença como se ela escolhesse cor partidária”. “São aliados da doença. Triste, muito triste”, escreveu.
- Máscaras em todos.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, informou que o uso de máscaras será obrigatório nos espaços públicos da capital fluminense, no transporte coletivo e em estabelecimentos comerciais, como mercados e farmácias a partir de domingo, 19. “As máscaras podem ser de fabricação caseira, de algodão. Não precisam ser as profissionais, estas devem ficar para os profissionais de saúde”, explicou o prefeito.
- Reação à Lava Jato.
Ex-subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Jung Martins classifica a lei que modificou o modelo de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, como a “materialização do ciclo de reação à Lava Jato”, que puniu desvios e infrações à lei. A lei 13.988 foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana. O Carf é a última instância para processos tributários. Até então, quando o julgamento na corte terminava empatado, era acionado o “voto de qualidade” dos presidentes das câmaras e turmas. A partir de agora, em caso de empate, o resultado deve beneficiar o contribuinte. Segundo o ex-subsecretário, o novo formato de julgamento irá favorecer grandes devedores e poderá resultar em perda de arrecadação.