terça-feira, 1 julho, 2025
HomeMemorialNACIONAIS: O CONTROLE DE MANDETTA

NACIONAIS: O CONTROLE DE MANDETTA

Paulo Guedes: tempo de quarentena; Ministro Mandetta: a critério do médico

Apesar das divergências com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse a aliados nos últimos dias que não pretende deixar o cargo. Segundo pessoas de sua confiança, o titular da Saúde tem “senso de responsabilidade” e não pedirá demissão, botando a perder todo o trabalho feito até agora no combate ao Covid-19. O principal ponto de tensão entre o presidente e o ministro é a questão do isolamento da população. Desde terça-feira, 24, Bolsonaro vem defendendo o fim imediato da quarentena. Mandetta é contra, embora tenha suavizado o discurso ontem e defendido que “temos que melhorar esse negócio de quarentena”. Segundo aliados, Mandetta busca uma solução “negociada” com Bolsonaro. Como médico e ministro, porém, não abre mão do “controle da estratégia” das ações de combate ao vírus.

 

  1. O contraponto dos governadores.

Após reunião de mais de duas horas por videoconferência nesta quarta-feira, 25, governadores de 26 estados brasileiros elaboraram uma carta aberta em que “convidam” o presidente Jair Bolsonaro a “liderar” o processo de combate ao novo coronavírus e a “agir em parceria” com os governos estaduais e demais poderes. Os chefes dos Executivos estaduais ressaltam que a prioridade deve ser “cuidar da vida das pessoas, não esquecendo da responsabilidade de administrar a economia”, e afirmam que continuarão adotando medidas “seguindo orientação de profissionais de saúde”. O trecho foi um contraponto dos governadores ao tom adotado por Bolsonaro nos últimos dias.

Hidroxidoroquina é usado também para lúpus eritematoso
  1. Hidroxicloroquina: aval para pacientes graves.

O Ministério da Saúde anunciou a distribuição de 3,4 milhões de unidades de hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus em estado grave. O medicamento, próprio para malária, será liberado até a próxima sexta-feira, 27. A pasta elaborou um protocolo para a aplicação do remédio. As diretrizes preveem um tratamento de cinco dias dentro do hospital. “Não usem fora do ambiente hospitalar. Não é seguro. Tem que ser feito com acompanhamento médico, pode ter alterações no ritmo do coração”, alertou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o uso do medicamento ficará a critério do médico.

 

  1. O cálculo de Guedes.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, projeta o encerramento gradual da quarentena contra o novo coronavírus a partir de 7 de abril. Na avaliação do grupo, as medidas econômicas anticrise anunciadas até agora não são suficientes para suportar um período maior que esse com as atividades completamente suspensas.

(Revista Crusoé)

Leia Também

Leia Também