Ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ministro general Braga Neto
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ministro general Braga Neto
Seguidores de Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo, acabaram ajudando indiretamente a manter o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no cargo. Na avaliação de aliados de Mandetta, ao promoverem uma campanha pela demissão, os olavistas incentivaram ministros militares a trabalhar nos bastidores pela permanência do titular da Saúde. Nos bastidores, olavistas e militares do governo vivem em pé de guerra. Com a disputa, o raciocínio dos generais foi o de que era melhor manter Mandetta do que correr o risco de um “olavista” assumir o Ministério da Saúde.
Só muda de endereço
O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, procurou o presidente Jair Bolsonaro na terça-feira, 7, para relatar que vem sendo alvo de ataques de grupos organizados na internet. Segundo assessores palacianos, o militar afirmou que os ataques partem de pessoas que têm interesse em dividir e tumultuar o governo. Não citou, porém, o “gabinete do ódio”, de quem alguns auxiliares desconfiam.
A autonomia dos estados
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes proibiu na quarta-feira, 8, o presidente Jair Bolsonaro de revogar as determinações de isolamento social e quarentena estabelecidas por estados e municípios em todo o pais. A decisão atende em parte um pedido feito pela Ordem dos Advogados do Brasil em ação na qual a entidade pede que o STF obrigue o presidente a seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de isolamento social para o combate ao coronavírus.