Mesmo após mais um fim de semana marcado por divergências entre Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta em relação à estratégia para lidar com o coronavírus no Brasil, aliados do ministro da Saúde apostam que ele permanecerá no cargo por duas razões. Primeiro, ressaltam, porque Mandetta já avisou a seus interlocutores que não pretende pedir demissão em meio à crise. Segundo, porque, na avaliação do grupo político do ministro, o próprio presidente não tem, hoje, “condições políticas” para demiti-lo.
- Os pais da matéria.
Articulada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a PEC do “orçamento de guerra”, que estabelece um regime extraordinário fiscal e de contratações para o enfrentamento ao coronavírus no Brasil, foi redigida e revisada por ministros de tribunais superiores e economistas. José Roberto Afonso, um dos responsáveis pela criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, foi um dos economistas que avalizaram o texto. A matéria ainda passou pelas mãos do presidente do STF, Dias Toffoli, e do ministro Gilmar Mendes.
- EUA ampliam isolamento.
O presidente americano, Donald Trump, estendeu até 30 de abril o prazo para adoção do isolamento social nos Estados Unidos. “Quanto melhor agirmos agora, mais rápido esse pesadelo vai acabar”, justificou o presidente, durante um pronunciamento à imprensa, na noite deste domingo, 29. Trump disse que a estimativa dos técnicos em saúde do governo americano é que o pico de casos e de mortes ocorrerá daqui a duas semanas. O objetivo do prolongamento do isolamento social é reduzir a velocidade de propagação do coronavírus.
- O placar da calamidade.
O número de casos confirmados de coronavírus saltou de 3.904 para 4.256, um aumento de 9% nas últimas 24 horas. O ritmo de crescimento é um pouco mais lento do que o registrado entre sexta-feira e sábado, quando o total de infecções cresceu 14%. Segundo o Ministério da Saúde, o número de mortos em decorrência da Covid-19 aumentou de 111 para 136, o que representa um crescimento de 22%. Os óbitos correspondem a 3,2% dos casos confirmados de coronavírus. No novo balanço, consta a primeira morte pela doença no Distrito Federal. Uma mulher de 61 anos, que faleceu na última segunda-feira, teve confirmada a infecção no segundo teste realizado.
(Site da revista Crusoé)