quinta-feira, 26 dezembro, 2024
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Na ONU, Lula cobra reforma de organismos internacionais

Agência DW – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nesta terça-feira (19), para reforçar que o Brasil abandonou o isolacionismo que caracterizou os quatro anos do governo Bolsonaro e está se reencontrando com o multilateralismo.

Lula também voltou a pleitear antigas demandas da diplomacia brasileira, como a reforma de organismos internacionais em especial o Conselho de Segurança da ONU – e um papel mais ativo das nações mais ricas no combate às mudanças climáticas e desigualdade.

“Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta”, disse Lula, citando um bordão que já usou em outros encontros e cúpulas internacionais desde que voltou à Presidência. “O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, nossa região, o mundo e o multilateralismo. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais.”

O discurso na Assembleia Geral marcou o retorno de Lula ao palco da ONU após um hiato de 14 anos: a última participação do político brasileiro no encontro havia ocorrido em 2009.

Críticas à extrema direita

Sem mencionar Bolsonaro nominalmente, Lula denunciou “aventureiros de extrema direita” que “negam a política”.

“Em meio aos escombros do neoliberalismo, surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário. Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios, que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos trabalhadores. Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU.”

Lula também disse que seu retorno à Presidência ocorreu “graças à vitória da democracia” no Brasil. “A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão. A esperança, mais uma vez, venceu o medo”, disse, usando também um bordão associado à sua campanha. “Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre.”

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