quarta-feira, 14 maio, 2025
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“MILAGRES” DA WEB E DE SEUS BUSCADORES CHEIOS DE EQUÍVOCOS

Ritual ayuasca

Ontem não foi diferente, embora a excepcionalidade da quarta feira (de Cinzas): os que controlam o Instituto Ciência e Fé receberam muitos telefonemas e e-mails absurdos. Como usualmente acontece.

Os campeões continuam sendo os que indagam sobre “vagas” num suposto internato, que a instituição cultural nunca teve, até porque nunca foi escola. Outros, igualmente muito frequentes, e também deslocados da realidade são do tipo: “Onde é o templo dos senhores?” Ou “como posso ter acesso à ayuasca?” 

AS PALAVRAS-CHAVE ABSURDAS

A explicação para tanto equívoco só pode ser atribuída a certas loucuras perpetradas pelos ‘buscadores’ da web. Acontece que eles apanham aleatoriamente palavras-chave, fora de qualquer contexto lógico, e as vinculam a certas instituições. Para o consumidor de Internet, quando ele pede, por exemplo, informação sobre “internatos escolares”, lá vem o endereço do Instituto Ciência e Fé. Simplesmente porque, numa determinada edição de seu jornal eletrônico (Universidade), o assunto foi abordado em interessante artigo de um ex-diretor de internato, o falecido professor Agostinho Baldin (abaixo), de Curitiba.

ELES QUEREM AYUASCA

E por isso, as diárias buscas por internatos chegam ao ICFÉ por meio de telefonemas e e-mails, muitos deles até do exterior. Todos dando como fontes buscadores, como o Google, dentre outros.

Anos atrás, a jornalista Michelle de Cerjat (acima) fez ampla matéria, primorosamente pesquisada sobre a ayuasca, a droga alucinógena que é parte de um ritual religioso originado na Amazônia. A matéria jornalística, publicada no Jornal Universidade, também, deu ênfase à questão de o uso da droga não ser considerado ilícito, conforme lei federal, que tem uns 5 anos.

A reportagem foi o que bastou: o nome do Instituto Ciência e Fé foi ‘linkado” à ayuasca e nunca mais pararam os telefonemas e os e-mails com indagações sobre como ter acesso à droga… E assim aconteceu, por exemplo, às primeiras horas de ontem, quando um assinante de telefone fixo de Curitiba queria porque queria chegar ao templo da droga religiosa.

TAMBÉM “MULHER PELADA”

Os equívocos gerados pelos buscadores descompromissados com a realidade são de várias naturezas. Assim, uma artista plástica brasileira, que teve seu perfil publicado pelo mesmo jornal Universidade (de Curitiba) acaba aparecendo sempre vinculada à expressão “mulheres peladas”, um dos temas mais acessados na WEB. E isso simplesmente – indicam as estatísticas denunciadoras do número de acessos – porque a artista, no texto, citara “mulheres peladas” como exemplo de personagens presentes numa estereotipada imagem do Brasil. Foi o que bastou: ela é dos nomes campeões de acessos na Internet, em artes plásticas.

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