quarta-feira, 13 novembro, 2024
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MILAGRE DE UM GOVERNADOR

(por Antônio Carlos da Costa Coelho)

 

Jaime Lerner; Juca Zokner

A última notícia que tinha sobre milagres feitos por judeus está publicada na Bíblia. Mas, meu amigo Juca Zokner me contou uma boa nova. Deu-me provas de que judeus continuam fazendo milagres. E, este não foi na Galileia, foi aqui em Curitiba mesmo, quando Jaime Lerner era governador.

(Tempo bom – não volta mais… dizia o velho sucesso musical.)

Um amigo do Juca e do Jaime tinha sofrido um acidente grave. Coisa séria. Caiu com um avião de pequeno porte, desses tipo prostituta, que não apresentam meios visíveis de sustentação. O homem foi levado às pressas pela ambulância. Do pronto socorro foi direto para UTI. Passou o tempo e nada do acidentado ir para um quarto.

Certo dia a família recebeu um telefonema do hospital. O acidentado estaria abotoando no último furo do rabicho. Que desfecho triste depois de tantos dias de angústia! Familiares se reuniam no corredor, próximo à porta da UTI, tentando saber alguma coisa. Talvez um milagre, uma melhora… talvez… foram tantas as orações. E, no meio da tarde, chegaram os amigos, Juca e Jaime.

O governador chegou ao hospital e, os seguranças, que só o conheciam pela TV, ficaram ouriçados. Curiosos para saber o que fazia tal autoridade naquele nosocômio. Tanto foi a surpresa, que nem perguntaram onde ia Lerner. Deixaram o governador e seu amigo, sem senha e crachá. Chamaram o diretor. Alguma secretária, que fofocava pelos corredores, correu para telefonar ao presidente da mantenedora. Até o capelão apareceu para deixar uma mensagem para os visitantes. Foi aquele corre-corre, afinal, não era sempre que um governador chegava naquela casa de saúde.

Jaime e Juca cumprimentaram os familiares que estavam próximos à unidade de terapia, e até conseguiram dar uma olhada rápida no amigo que, em breve, faria parte do coro celestial dos anjos. Naquela noite, como que por milagre, o moribundo teve uma melhora. No dia seguinte, já foi transferido para um apartamento.

Hoje, constata Juca, “o amigo anda belo e faceiro pelas ruas de Curitiba, até apareceu aqui em casa para tomar um chimarrão”.

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