Por José Francisco Cunha, publicitário ex-telepariano – “Na década de 1970, por pouco fui trabalhar com o saudoso amigo Aroldo Murá. Já trabalhava na Telepar – havia cinco anos – e antes do nosso casamento (1975), procurava por melhor colocação e salário.
Encaminhei curriculum ao jornal do qual o amigo Murá dirigia e, na seletiva, fui escolhido. Na época, o Professor apresentou ótima proposta. Na entrevista, ele disse: “só que terás de iniciar o trabalho amanhã”. Demos a palavra a ele que sim.
No mesmo dia da entrevista, comuniquei a gerência da Telepar sobre a decisão. Para a nossa surpresa, a direção da empresa contrapôs a proposta do Professor e, como já tinha tempo de serviço, decidi permanecer na Telepar. Imediatamente, providenciei carta ao Professor Aroldo, explicando à nova decisão. O Professor nos compreendeu e, a partir daí, nos tornamos grandes amigos.
Sempre fui muito grato ao Professor. Na década de 1990, ocasião desta foto, fizemos questão em homenageá-lo e que conhecesse a nossa família. Foi um jantar maravilhoso, em que a família entregou-lhe um quadro de reportagem da Gazeta do Povo – também uma homenagem – que descrevia muito bem o Professor. Nesta ocasião, o jornal que o amigo Aroldo Murá dirigia com muita propriedade já tinha encerrado as suas atividades.
Quando nos encontrávamos, o Professor comentava se tivéssemos tomado a decisão de trabalhar com ele, diante da promissora carreira que tivemos na Telepar. Somos muito gratos ao Professor; ele fez parte de nossa história. Sempre com cortesia e profissionalismo nos tratou com carinho e respeito.”