sábado, 21 dezembro, 2024
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Luiz Renato Ribas doa monumental acervo audiovisual

Luiz Renato Ribas: doando uma preciosidade

A coluna publica o depoimento histórico de Rosy de Sá Cardoso, 91, raridade, sobre o papel da primeira jornalista profissional do Paraná. É resultado da doação feita a Wasyl Stuparyk, o raro memorialista paranaense.

Estou contente, o acervo fílmico e de ampla linha de audiovisuais – como depoimentos em DVD de personalidades paranaenses – que Luiz Renato Ribas foi montando ao longo de uma vida de memorialista paranaense está salvo.

O veterano jornalista simplesmente doou todo seu acervo à pessoa certa, ao radialista Wasyl Stuparyk, que vem expondo em seu site ‘O Rádio do Paraná ‘momentos raros, preciosos da história do Estado dos últimos 50 anos.

https://youtu.be/nPoWeggcagw

LARGO OLHAR

Wasyl, com sua simplicidade objetiva e largo olhar histórico, vem superando organismos oficiais que devem estar (deveriam!) zelando pela imagem e som e seu papel na vida paranaense. Mas cujos resultados pouco se conhece; deficiência “histórica”, gerada em vários governos.

CONSAGRAÇÃO

A doação foi um gesto consagrador da vida e obra de Luiz Renato Ribas, que não perseguiu o lucro com sua empreitada (Vídeo 1 e Instituto Memória, depois de ter sido pioneiro em retratar a televisão local, com a revista histórica TV Programas, anos 70).

Pragmático, Luiz Renato – igualmente com papel importantíssimo na vida do turfe paranaense, no qual foi muitas vezes Dom Quixote contra maracutaias do setor -, tem a noção da fragilidade da vida. Um setentão, o jornalista não encontrou na família sucessores para sua obra. Teve que – graças! – recorrer ao amigo Wasyl para garantir a continuidade e, espera-se, a perenidade de sua obra.

OUTRO QUIXOTE

Sobre Wasyl só tenho de dizer que o admiro. É outro Quixote, lutando para ganhar aposentadoria do INSS, e fazendo um papel supletivo ao do Estado.

Afinal, o mesmo poder público que nunca se importou com Luiz Renato e sua obra, como vai, a final, encarar essa utilidade pública que é o exercício diário de Wasyl Stuparyk?

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SOBRE ROSY DE SÁ CARDOSO

Por Wasyl Stuparyk

Rosy de Sá Cardoso: raro depoimento. Histórico

Era pretensão minha gravar um depoimento da jornalista Rosy de Sá Cardoso, 91, e para tanto, recorri a quem mais teria acesso a ela, Aroldo Murá Gomes Haygert e Hélio de Freitas Puglielli. A resposta de ambos foi a mesma: “Complicado, a Rosy não gosta muito, mas vamos tentar”.

Fiquei esperando quando – eis o chavão – de repente, não mais que de repente, outro jornalista me chama e me dá, de presente, todo seu acervo do Memória. É Luiz Renato Ribas. E entre todos os DVD’s, encontro o depoimento de Rosy de Sá Cardoso. Não contive minha alegria e curiosidade. Imediatamente coloquei para rodar a entrevista e durante o sábado, enquanto trabalhava nas páginas do site da Rosy – http://www.oradiodoparana.com.br/crbst_697.html – assistia entrevista, inteirinha, de 2 horas e 49 minutos.

EXPERIÊNCIA ÚNICA

Entrevista longa, sim, mas maravilhosa. O que tem esta mulher para contar de história de vida, de experiências jornalísticas é uma grandiosidade. Juro que vale a pena assistir a cada minuto. Sou radialista por profissão, mas fosse jornalista, ou estudante de comunicação, separaria o meu tempo para assistir Rosy de Sá Cardoso, pois certamente me faria melhor profissional.

ENTREVISTADORES

Mas, não bastasse o maravilhoso depoimento da Rosy, vejam quem conduz o depoimento: jornalistas João Dedeus Freitas Neto, Aroldo Murá Gomes Haygert, Hélio de Freitas Puglielli, Luiz Geraldo Mazza, ícones do jornalismo paranaense. Cinco personalidades das mais expressivas participando de um mesmo evento? Rara oportunidade. Aproveitem!

Os entrevistadores Freitas Neto, Mazza, Puglielli e Aroldo Murá
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