Assessoria – Julho é marcado por uma campanha fundamental para a saúde pública: o Julho Verde, mês dedicado à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço, um grupo de tumores que atinge áreas como boca, língua, garganta, laringe, faringe, seios paranasais, glândulas salivares e parte da tireoide.
De acordo com dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço em 2025, considerando as diferentes localizações da doença. O câncer de cavidade oral, por exemplo, é o quinto mais comum entre os homens brasileiros, com cerca de 11 mil novos casos estimados por ano.
Entre os principais fatores de risco estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), especialmente nas faixas mais jovens da população. Além disso, a exposição solar sem proteção está diretamente relacionada ao câncer de lábio, outro tipo frequente dentro dessa categoria.
Sinais que não devem ser ignorados
Os sintomas do câncer de cabeça e pescoço costumam ser silenciosos no início, o que dificulta o diagnóstico precoce. Alguns sinais de alerta incluem:
- Feridas na boca que não cicatrizam;
- Dificuldade para engolir;
- Rouquidão persistente;
- Nódulos no pescoço;
- Alterações na voz ou sensação de algo preso na garganta.
A detecção precoce é essencial para o sucesso do tratamento. Quando diagnosticados em estágios iniciais, esses tumores têm índices de cura superiores a 70%. Porém, mais de 60% dos casos ainda chegam aos centros oncológicos em estágio avançado, o que compromete o prognóstico e pode demandar abordagens mais agressivas, como cirurgias complexas, radioterapia e quimioterapia combinadas.
HPV: um fator de risco crescente
Nos últimos anos, o HPV de alto risco tem ganhado protagonismo como causa do câncer de orofaringe, especialmente em pessoas mais jovens, não fumantes e não alcoólatras. Isso reforça a importância da vacinação contra o HPV, que é gratuita pelo SUS para meninos e meninas entre 9 e 14 anos.
“Apesar de silencioso nos estágios iniciais, o câncer de cabeça e pescoço pode ser diagnosticado precocemente com atenção aos sinais e visitas regulares aos profissionais de saúde. Quando identificado logo no início, as chances de cura aumentam consideravelmente, com tratamentos menos invasivos e maior preservação da qualidade de vida. Nossa missão no IOP é justamente essa: promover a informação, estimular o autocuidado e oferecer um atendimento especializado e humanizado em todas as fases do tratamento”, destaca o oncologista clínico do IOP, Dr. Luciano Semensato Biela (CRM 19068 / RQE 14378).