O apresentador Ratinho (esquerda) e o presidente da SEB, João Jaime Ferreira
Todos os meses, a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB) tem de arrumar R$ 2,9 milhões para cobrir a folha de pagamento do Hospital Evangélico de Curitiba. Isso apenas com pessoal.
Para uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, é um verdadeiro milagre atingir mensalmente a meta. Especialmente levando em conta a situação herdada de antigas gestões da SEB, que deixaram à instituição um “legado” de R$ 260 milhões de passivo, fato que logo será apontado como resultado de ampla auditoria que a instituição está fazendo nas contas da sociedade filantrópica.
POUCAS BOAS EXCEÇÕES
As exceções a esse clima de desconforto (incluindo o atraso de repasses do SUS por parte da Prefeitura), ainda são poucas. Mas há exemplos marcantes, como o jantar dançante promovido sexta-feira pelo apresentador Ratinho (Carlos Massa) em benefício do Hospital Evangélico. E que teve o integral apoio do restaurante Toscana, que repassou ao hospital o total do valor arrecadado. Doação exemplar.
AÇÃO PEDAGÓGICA
Claro que a arrecadação de sexta-feira, embora expressiva, de R$ 120 mil, tem sentido muito mais pedagógico. “Mas é um gesto valioso, em todos os sentidos”, diz à coluna o presidente da SEB, presbítero João Jaime Ferreira.
O restaurante juntou-se a Ratinho, somando forças para os resultados financeiros da noite. Todas as 120 mesas foram vendidas, custando cada uma R$ 1 mil (com direito a quatro lugares).
RATINHO E OS ANOS 60
Ratinho, tanto quanto catalisador do público que prestigiou o evento beneficente, foi o grande destaque da noite.
Com sua proverbial verve e a enorme capacidade de improviso, Ratinho animou o encontro, lembrando – esse era o tema central – os anos 60.
Contou piadas, recordou momentos daqueles anos, músicas e nomes que marcaram a década. Ganhou aplausos intensos. E mais ganhou: ganhou a simpatia de todos os que compreendem o trabalho do Evangélico em favor especialmente de seu grande público, oriundo do SUS.