Assessoria – Janeiro também é o mês do laço verde, campanha para sensibilizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de colo do útero, educar sobre os métodos de prevenção como a vacinação contra o HPV e os exames de Papanicolau, e desmistificar tabus associados a esta condição. O colo do útero é a parte mais inferior dele, que faz a ligação com a vagina. Reitan Ribeiro, cirurgião oncológico do IOP (Instituto de Oncologia do Paraná), explica as principais dúvidas sobre o tema.
O alerta é importante já que, no Brasil, os números de casos ainda são significativos, com cerca de 18 mil novas pacientes por ano, sendo o câncer de colo de útero uma das principais causas de morte por neoplasia entre mulheres. “Os sintomas incluem sangramento vaginal anormal, dor pélvica e dor durante relações sexuais. Infelizmente, esses sinais são tardios e, para fazer o diagnóstico precoce, é muito importante realizar o exame ginecológico anual”, alerta Dr. Reitan. Além disso, a vacinação contra o HPV é importante, já que a maioria dos casos está relacionada com o vírus.
Recentemente, Reitan Ribeiro foi reconhecido internacionalmente pela criação da técnica de transposição uterina, que move temporariamente o útero, trompas e ovários para fora do campo de radiação durante o tratamento de câncer na região pélvica. O especialista desenvolveu o procedimento inovador como uma resposta aos desafios enfrentados pelas mulheres em idade fértil que necessitam de radioterapia pélvica, mas desejam manter a possibilidade de gravidez no futuro.
“A radioterapia necessária para tratar cânceres pélvicos compromete a função reprodutiva do útero e causa falência dos ovários, levando à infertilidade, o que é uma grande preocupação para muitas mulheres em idade fértil. Dessa forma, protegemos esses órgãos da radioterapia, preservando a fertilidade da paciente. Essa inovação representou um avanço significativo na medicina oncológica, oferecendo esperança e opções para mulheres que enfrentam o desafio de conciliar o tratamento do câncer com o desejo de maternidade”, explica Reitan.
Isso acontece porque os efeitos da radioterapia estão restritos à região onde ela é aplicada. Como no caso da pelve, o útero, ovários e trompas são posicionados na parte superior do abdômen, na altura do estômago, assim, distantes da radioterapia. Depois desse tratamento, os órgãos são reposicionados no seu local natural e voltam a funcionar normalmente.
“A transposição uterina, já reconhecida por sua inovação, está gradualmente sendo integrada à prática médica em diversos países. Os resultados tem sido promissores, demonstrando uma significativa preservação da fertilidade em pacientes submetidas a essa técnica. Em relação ao futuro, continuamos a aprimorar e adaptar esta abordagem, com pesquisas em curso para entender melhor os resultados em longo prazo e ampliar sua aplicação para mais pacientes”, finaliza.
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