Neste ano, o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 atraiu cerca de 300 mil turistas, entre brasileiros e estrangeiros, até a capital paulista, movimentando R$ 2 bilhões na economia local. Segundo informações da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa oficial de turismo e eventos da cidade, as cifras superaram a movimentação da edição de 2023 da prova, que registrou R$ 1,64 bilhão.
Dados da Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) revelam que a ocupação em hotéis, resorts e pousadas de São Paulo alcançou os 100%, gerando cerca de R$ 45 milhões em receitas de diárias e R$ 10 milhões em serviços de alimentação e bebidas no final de semana da corrida.
A Fórmula 1 é um dos grandes eventos anuais recepcionados pela megalópole, mas o turismo de São Paulo continua em alta, de acordo com projeção divulgada pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (Ciet), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens (Setur-SP). O Estado deve ultrapassar os 49 milhões de turistas até dezembro, número recorde da série histórica, gerando 46 mil novos postos de trabalho formais diretos e movimentando R$ 304 bilhões na economia.
Além disso, a Pesquisa de Desempenho da Hotelaria do Estado de São Paulo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (Abih-SP), de junho de 2024, mês de grandes eventos corporativos na capital paulista, trouxe uma taxa média de ocupação de 58,68%, com acumulado do ano em 54,94%. Por sua vez, o Visite São Paulo Convention Bureau apoia a realização de 150 eventos, congressos, feiras e seminários em diversos setores econômicos ao longo de 2024, estimando em 1,8 milhões de visitantes na capital até o final de novembro.
Mercado imobiliário aquecido
Toda essa movimentação econômica vem atraindo a atenção de investidores de outros estados. É o caso de curitibanos que estão comprando imóveis em São Paulo, seja como fonte de renda para investimento, alugando por temporada em plataformas como Airbnb, ou mesmo para ter um segundo imóvel em regiões valorizadas da capital paulista. Mas, para isso é preciso contar com empresas especializadas em investimentos imobiliários.
“Hoje trabalhamos com mais de 40 empreendimentos à venda na cidade só em bairros de alta procura, definidos por georreferenciamento de aplicativos de busca. Eu destacaria lançamentos em Alto Pinheiros e nos Jardins, além de um imóvel pronto na Vila Olímpia”, destaca William Fleming, gerente da filial norte da Imóveis de Primeira, uma das maiores empresas de soluções imobiliárias do sul do Brasil, com sede em Curitiba.
No momento, segundo William, a Imóveis de Primeira trabalha no modelo de exclusividade com a VITACON, empresa com 15 anos de atuação no mercado, mais de 70 empreendimentos e 25 mil unidades entregues. “O foco deles é no investidor: 92% da carteira. O mesmo grupo é dono da Housi, que faz gestão de hospedagens residenciais e é a maior operadora do Airbnb na América Latina. O público-alvo é formado por pessoas que vão a São Paulo mais de seis vezes por ano para trabalhar, dar aulas ou participar de cursos. E também por quem confia no mercado paulistano como capital financeira do país. Um público secundário é formado por estudantes de pós-graduação: ao invés de pagar aluguel ou hotel, os pais fazem um investimento na aquisição do imóvel”, detalha.
Sócio fundador da Imóveis de Primeira, Waldir Chinasso destaca a taxa média de valorização dos imóveis como um dos maiores atrativos aos clientes investidores. “Quem compra na planta tem uma valorização superior a renda fixa, com um diferencial: enquanto na renda fixa seu capital está sendo ‘comido’ pela inflação, na compra do imóvel você segue com a maior parte do dinheiro no bolso. De 10 a 15% é pago na entrada, 25 a 30% no período de obra, e o restante só na entrega do imóvel. Então, você pode ficar com a maior parte do valor do imóvel, realizando outros tipos de investimentos durante a fase de obras”.
Pioneira em estudos de mercado
Parceira da Imóveis de Primeira em São Paulo desde meados deste ano – com quase R$ 5 milhões em vendas e uma equipe focada na operação paulistana – a VITACON é pioneira no país desde 2009 em estudos de impactos para investimentos, de acordo com Matheus Silva, gerente de parcerias da empresa. “Todos nossos próximos empreendimentos serão entregues com estrutura para realização de podcasts, além do espaço de coworking nas áreas compartilhadas. São detalhes que detectamos anos atrás em nossos levantamentos sobre as necessidades do mercado. O próprio investimento em estúdios compactos veio desses estudos, que identificaram uma necessidade maior de espaços de convívio em detrimento de áreas privativas, que podem se limitar aos espaços de quarto, sala, cozinha e banheiro”, explica o especialista.
Segundo Matheus, o público-alvo dos estúdios é composto por jovens solteiros ou casais sem filhos, empresários e pessoas com pets. “Os pet places se tornaram indispensáveis nas áreas comuns de empreendimentos imobiliários. E pensando nos investidores que compram esses estúdios, são perfis que diversificam seus investimentos, sem concorrência com o mercado curitibano, apenas abrangendo outras praças. E nada melhor que São Paulo, uma das principais metrópoles do mundo, cuja rede hoteleira não consegue dar vazão à enorme procura de turistas”.