terça-feira, 22 julho, 2025
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Hospital São Vicente promove testagem gratuita para Hepatites

Assessoria – Em apoio à campanha Julho Amarelo, o Hospital São Vicente realiza no dia 26 de julho (sábado), das 10h às 17h, uma ação de testagem gratuita para hepatites B e C no Palladium Curitiba. A iniciativa, realizada em parceria com o shopping, tem como objetivo ampliar a conscientização sobre as hepatites virais e incentivar o diagnóstico precoce, reforçando o compromisso do hospital com a prevenção e o cuidado com a saúde da população.

A ação será realizada no Piso L1, em frente às Lojas Americanas, com foco em alcançar o maior número possível de pessoas, em especial aquelas que nunca passaram pelo exame ou que pertencem a grupos de risco. A equipe será formada por profissionais de enfermagem e médicos hepatologistas do Hospital São Vicente, que estarão disponíveis para esclarecer dúvidas e oferecer orientações ao público.

Durante o evento, serão oferecidos: testes rápidos e gratuitos para hepatites B e C; orientações de saúde com profissionais especializados;  e distribuição de materiais informativos sobre sintomas, formas de prevenção e tratamento das hepatites. “As hepatites virais são doenças silenciosas, que podem evoluir para quadros graves como cirrose e câncer de fígado. A testagem precoce é fundamental para garantir um tratamento eficaz e salvar vidas”, destaca o chefe do serviço de hepatologia do Hospital São Vicente, Nertan Tefilli. “Levar essa ação a um ambiente como o shopping permite ampliar o acesso e alcançar pessoas que talvez não procurassem espontaneamente uma unidade de saúde”, complementa.

Para o Shopping Palladium, a iniciativa também reafirma seu compromisso social. “Entendemos que o shopping é mais do que um espaço de compras: é um ponto de encontro com a comunidade. Apoiar ações como essa é uma forma de contribuir para a saúde e o bem-estar dos nossos clientes”, afirma a gerente de Marketing do Shopping Palladium, Cida Oliveira.

A ação integra a programação do Julho Amarelo — mês dedicado à conscientização,  prevenção e combate às hepatites virais — e reforça o comprometimento das instituições envolvidas com a saúde pública e o acesso à informação de qualidade.

Serviço: Julho Amarelo

  • Local: Piso L1 | Shopping Palladium Curitiba – Av. Pres. Kennedy, 4121, Portão
  • Datas: 26 de julho
  • Horário: 10h às 17h
  • Mais informações: https://palladiumcuritiba.com.br/

Julho Amarelo: mês de conscientização sobre o câncer ósseo

Dra Rosane R. Johnsson

O mês de julho ganha a cor amarela para alertar a população sobre um grupo raro, mas importante, de tumores: os cânceres ósseos. A campanha Julho Amarelo reforça a importância do diagnóstico precoce, do acesso ao tratamento adequado e da atenção aos sinais do corpo, especialmente entre crianças, adolescentes e adultos jovens – público mais comumente afetado por esse tipo de neoplasia.

Os tumores ósseos primários representam menos de 1% de todos os cânceres, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Entre os tipos mais comuns estão o osteossarcoma, o sarcoma de Ewing e o condrossarcoma. Eles podem surgir em qualquer osso do corpo, mas afetam com mais frequência os ossos longos, como fêmur, tíbia e úmero. “Apesar de ser raro, o câncer ósseo costuma apresentar sintomas que podem ser confundidos com dores musculares, lesões esportivas ou problemas de crescimento em crianças. Por isso, é fundamental que se investiguem dores persistentes, especialmente quando não melhoram com repouso ou analgésicos comuns”, alerta Dra Rosane R. Johnsson, oncologista do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP).

Sinais de alerta e importância do diagnóstico precoce

 Entre os principais sintomas do câncer ósseo, destacam-se:

  • Dor óssea persistente e progressiva, especialmente à noite;
  • Inchaço ou nódulo palpável na região afetada;
  • Limitação de movimento;
  • Fraturas com traumas mínimos ou sem causa aparente;
  • Febre e perda de peso em alguns casos.

O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura e possibilita tratamentos menos agressivos. “Exames de imagem, como raio-X, ressonância magnética e tomografia, associados à biópsia, são essenciais para confirmar o diagnóstico e definir o tipo de tumor”, reforça o especialista.

Atenção também às metástases ósseas

 Além dos tumores primários, os ossos também podem ser acometidos por metástases, que ocorrem quando células cancerígenas de outros tumores — como mama, próstata, pulmão e rim — se espalham pelo corpo e atingem o tecido ósseo. “As metástases ósseas são mais comuns do que os cânceres originários no osso, e podem causar dor intensa, fraturas e até compressão da medula espinhal, prejudicando a mobilidade”, explica Dra Rosane. A presença de metástases ósseas exige uma abordagem individualizada, com terapias que vão desde o controle da dor até radioterapia e medicamentos específicos para a saúde óssea.

Avanços no tratamento

 Nos últimos anos, o tratamento do câncer ósseo avançou com o uso de quimioterapia neoadjuvantecirurgias conservadoras e, em casos específicos, radioterapia. A escolha da abordagem depende do tipo de tumor, sua localização e estágio. No IOP, os pacientes contam com uma equipe multidisciplinar especializada e acesso a terapias de ponta, com foco em qualidade de vida durante e após o tratamento.

Embora o câncer ósseo represente um grupo raro de tumores, as chances de cura podem ser significativas, especialmente nos casos diagnosticados precocemente e localizados. Tumores primários como o osteossarcoma e o sarcoma de Ewing, mais comuns em crianças e adolescentes, podem ter taxas de cura entre 60% e 80% quando tratados em estágios iniciais. Já em casos metastáticos, essas taxas caem, mas ainda há perspectiva de controle com terapias modernas. Em adultos, o condrossarcoma – geralmente de crescimento mais lento – pode alcançar índices de cura superiores a 80% nos casos de baixo grau. Nos casos de metástases ósseas, quando o câncer tem origem em outro órgão e se espalha para os ossos, o objetivo passa a ser o controle da doença e a melhora da qualidade de vida, com tratamentos que incluem radioterapia, medicamentos específicos para os ossos e terapias sistêmicas. Avanços como a medicina personalizada, as terapias-alvo e a evolução dos procedimentos cirúrgicos vêm ampliando o horizonte de esperança para pacientes com esse tipo de diagnóstico.

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