Por Edmilson Fabbri, médico
Certas pessoas vieram a este mundo para ensinar. Por isso mesmo são chamadas de “professores”. Assim foi com nosso querido “professor” Aroldo Murá. Uma das almas mais caridosas que conheci. Mais um natal se foi, e mais cestas básicas foram distribuídas através da arrecadação que fazia junto aos amigos anualmente.
Jornalista de altíssima gama. Memória prodigiosa. Sabia tudo sobre Curitiba e suas famílias mais tradicionais. Uma verdadeira enciclopédia quando se tratava da história da cidade e seus personagens. Tive o privilégio de privar de sua amizade por mais de 40 anos. Muito aprendi. Pelos amigos tudo fazia, mas aos desafetos dedicava sua implacável vigilância jornalística.
Vinha lutando com um câncer de pâncreas nos últimos tempos que acabou por levá-lo nesta manhã. Siga em paz, mestre. Sua missão foi muito bem cumprida. Guardaremos para sempre seus ensinamentos e seu exemplo de vida. Deus deveria estar precisando de uma alma muito boa para levá-lo de nosso convívio. Resta-nos o consolo de termos bebido de sua fonte.
Ficará um grande vazio no jornalismo paranaense, mas vazio maior ainda ficará em nossos corações. Obrigado por ter existido. Pessoas como o senhor deixam uma marca indelével na vida daqueles que tiveram o privilégio do seu convívio.
Curitiba chora o adeus a Aroldo Murá, nosso querido “professor”.