Por Eloi Zanetti – Eu tinha um grande amigo em Porto Alegre, o Ênio Belwanger, diretor comercial do Jornal Correio do Povo e da TV Guaíba. De vez em quando nos encontrávamos para um almoço ou jantar e jogar conversa fora. Foi ele que me apresentou o poeta Mario Quintana, com o qual fizemos um maravilhoso comercial para o Bamerindus – na semana que vem eu explico essa história.
Certa vez, o Ênio me contou que o seu filho, estudante de agronomia, tinha ido com um amigo de férias para o Havai fazer surf e na volta, passando por Los Angeles, descobriu um curso de fotografia publicitária. Resolveu ficar por lá e pediu ao pai que cancelasse sua matrícula na faculdade, ele, o Ênio filho, daria um jeito de levantar dinheiro para fazer o curso e se manter nos Estados Unidos pelo tempo necessário. Para tanto, começou a trabalhar como diarista, isto é, a arrumar a casa dos outros.
Na ocasião falou para si mesmo: “já que vou ser diarista vou ser o melhor diarista de Los Angeles”. Com essa disposição, logo conquistou bons clientes, sendo disputado até pelo John Travolta que ligava pessoalmente para ele marcando os dias. Para completar o dinheiro que precisava, trabalhou também como garçom. É daí que vem esta história.
Certo dia estávamos eu, o Ênio e o seu filho jantando em Curitiba e ao ser apresentada a conta, o rapaz mais que depressa falou: “dê gorjeta pai, garçom precisa receber gorjeta – você não sabe o quanto isto é importante para nós”.
O Ênio pai já nos deixou faz tempo e o filho? Da última vez que soube havia feito uma bela carreira como fotógrafo profissional.
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