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Geração “nem nem” cai no Brasil

Assessoria – O Ministério do Trabalho anunciou no início do mês uma redução no número de jovens que não estudam nem trabalham no Brasil. No primeiro trimestre de 2023, havia 4,88 milhões de jovens nessa situação, mas esse número diminuiu para 4,62 milhões no mesmo período deste ano. Essa queda representa um avanço significativo nos esforços para integrar os jovens ao sistema educacional e ao mercado de trabalho. Especialistas acreditam que programas de inclusão e políticas públicas voltadas para a juventude foram fundamentais para essa melhora.

O incentivo a educação, as políticas públicas e os programas educacionais são cruciais para essa diminuição, segundo a pedagoga Jakeline Cibien. “As escolas têm a responsabilidade de criar um ambiente acolhedor e motivador para os jovens, incentivando-os a retornar ao sistema educacional e explorar oportunidades no mercado de trabalho. Para fortalecer suas ações nesse sentido, as escolas podem adotar abordagens mais personalizadas, atendendo às necessidades individuais dos alunos, oferecendo orientação vocacional, promovendo a aprendizagem prática por meio de estágios e parcerias com empresas locais, e desenvolvendo programas de apoio psicossocial que ajudem os jovens a superar desafios pessoais e profissionais”, acredita a especialista.

Cibien acredita que essa redução se deve a combinação de diversos fatores.  “Investimentos em programas de capacitação profissional, incentivo ao empreendedorismo juvenil, políticas de inclusão social, melhoria na oferta de oportunidades de emprego e o crescimento econômico são alguns dos elementos que têm impactado positivamente nesse cenário. Além disso, a conscientização sobre a importância da educação e do trabalho para o desenvolvimento pessoal e profissional tem sido fundamental para motivar os jovens a buscarem novas oportunidades”, analisa.

As instituições de ensino ao investirem mais no ensino multidisciplinar, também podem ajudar no desenvolvimento de competências, como educação financeira, gestão de negócios, entre outros. “. A integração de disciplinas que abordam temas como empreendedorismo, habilidades socioemocionais e cidadania também pode ser uma estratégia eficaz para preparar os jovens para o mercado de trabalho e para a vida em sociedade”, conta Jakeline.

Outro fator importante a ser considerado para a diminuição dos jovens “nem nem” e consecutivamente a empregabilidade, oportunidades e interesse deles, é a questão sócio emocional. “Ela é essencial para o desenvolvimento integral dos deles, preparando-os para lidar com desafios e oportunidades de forma equilibrada e consciente. Ao desenvolver habilidades como inteligência emocional, autoconhecimento, empatia e resiliência, eles se tornam mais aptos a enfrentar os desafios do mundo atual, incluindo a transição para o mercado de trabalho. Para incorporar de forma eficaz a formação sócio emocional nas escolas, é fundamental incluir esses conteúdos de maneira transversal no currículo, promover práticas pedagógicas que estimulem o diálogo, a escuta ativa e o respeito às diferenças, além de oferecer suporte psicossocial aos estudantes que necessitam de acompanhamento mais específico. Essa abordagem contribui também para a formação de cidadãos mais preparados e resilientes”, finaliza a pedagoga.

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