Agência DW – O furacão Idalia atingiu com força a Flórida e outros estados da Costa Leste dos Estados Unidos nesta quarta-feira (30), deixando centenas de milhares de pessoas sem energia elétrica e forçando o cancelamento de mais de mil voos. Milhares de pessoas deixaram a região do estado chamada de Big Bend, onde a tempestade atingiu inicialmente o território americano.
Após causar devastação e quedas de energia em Cuba, a tempestade ganhou força sobre as águas quentes do Golfo do México e passou a gerar ventos de mais de 200 quilômetros por hora, além de chuvas torrenciais, e foi elevada a ciclone de categoria 3 ao se aproximar do litoral da Flórida.
A maioria dos 21 milhões de habitantes do estado estava sob alertas de furacão e de tempestades, assim como na Carolina do Sul, Carolina do Norte e Georgia. Em torno de 280 mil residências e empresas ficaram sem energia elétrica na Flórida. Na vizinha Georgia, a queda no abastecimento atingiu ao menos 64 mil edifícios.
Previsões alertavam para enchentes de até 5 metros de altura na região costeira da Flórida. Alertas de ondas altas também foram emitidos em uma área que cobre centenas de milhares de quilômetros ao longo da costa.
As companhias aéreas que operam nos EUA anunciaram mais de mil cancelamentos de voos, além de mais de 2 mil atrasos.
O furacão Idalia foi o quarto mais forte a atingir Costa Leste americana nos últimos sete anos, após o Irma em 2017, o Michael em 2018, e o Ian, que chegou à categoria 5 – a mais alta – em setembro do ano passado.
Mudanças climáticas
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre os incêndios que devastaram a ilha de Maui no Havaí há poucos dias e sobre a passagem do furacão na Costa leste americana, e atribuiu a ocorrência desses eventos às mudanças climáticas.
“Não acho que ninguém possa negar mais o impacto da crise climática. Olhem ao redor: enchentes históricas […], secas mais intensas, calor extremo, incêndios florestais que causaram danos significativos”, afirmou.