quarta-feira, 26 março, 2025
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Fãs vêm até de NY para relembrar Clube dos Beatles

Beatles
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Poderá ser dia 4, 10 ou 13 do próximo mês. A data ainda não foi definida. Mas uma coisa é certa é certa: num desses dias, um grupo de curitibanos composto por homens e mulheres sessentões, estará reunido na cidade para cultuar o quinteto que foi o objeto de suas paixões juvenis – os Beatles. E para lembrar os tempos do primeiro Fã Clube dos Beatles, fundado na cidade.

O Fã Clube dos Beatles de Curitiba nasceu em 1967, presidido pela então agitada jornalista Dirlene Sabóia Cunha, filha do engenheiro mais idoso do Paraná, Venevérito Cunha, 98 (ele será um dos personagens de meu próximo Vozes do Paraná 7).

Pois o grupo conseguiu com essa legenda da engenharia paranaense, Venevérito – e graças a insistência de Dirlene – instalar em 1967 o fã clube no porão da casa da família. Com uma condição: que os “trabalhos” não passassem das 19 horas, uma vez por semana. E assim aconteceu, suas atividades animadíssimas se estenderam até o final de 1970.

– Nós éramos literalmente doentes pelos Beatles. Não perdíamos um filme deles, estivessem passando aqui ou em qualquer outro ponto do Brasil. Não foram poucas as excursões que o grupo fez, para exprimir seu culto aos moços da “Abbey Road”, explica Dirlene.

2 – CASA HISTÓRICA

O Fã Clube de Curitiba era na casa de Venevérito Cunha
O Fã Clube de Curitiba era na casa de Venevérito Cunha

A casa da família de Dirlene é uma das preciosidades arquitetônicas de Curitiba. Fica na Rua Nilo Cairo, quase esquina de Rua da Paz, à direita de quem sobe aquela via.

Construída em 1957 por Venevérito, que também a projetou, é um sobrado, notável exemplo de arquitetura dos anos 50/60. Lembra, em seus traços, aqueles projetos que se impuseram no período de construção de Brasília.

Tem 600 metros de área construída, rampas interna e externa, duas bibliotecas, duas salas, 5 quartos, duas cozinhas. E o detalhe: o mobiliário e objetos de decoração estão no mesmo tônus. Há ainda móveis da Cimo e radiola.

Foi nessa atmosfera que os “doentes” pelos Beatles se reuniam, no porão.

3 – QUEM ERAM ELES

Além de Dirlene, o fã clube contava com Tonica Chagas, jornalista que há anos vive em Nova York; o publicitário José Roberto Oliva; Jandira Bolda, hoje perita criminal; Silvia Foloni, jornalista Isabel Leviski, Ana Gonsalez, Cristina Borba – dentre outros.

Dirlene prevê que o encontro vai propiciar troca de LPs, os bolachões dos Beatles, alguns deles sendo verdadeiras raridades. Além, é claro, de ‘exibições’ de cantores e cantoras entoando apenas o repertório dos moços de Liverpool.

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