Assessoria – A sanção da Política Nacional de Linguagem Simples (Lei 15.263/2025) na última semana é um marco histórico para a cidadania no Brasil. A nova legislação exige que órgãos e entidades da administração pública adotem textos mais claros e acessíveis em suas comunicações com a população. Mas, na prática, o juridiquês e o burocratês vão acabar?
Para a jornalista e consultora especialista em Linguagem Simples, Patricia Matuchewski, a lei é a autorização que faltava para uma mudança urgente, mas o verdadeiro trabalho começa agora.
“A lei é um passo fundamental, mas ela sozinha não é suficiente para mudar a forma como os órgãos públicos se comunicam”, afirma Patricia. “O maior desafio não é simplificar um texto difícil, é simplificar a forma de pensar do gestor público. Estamos falando de uma mudança de cultura: sair de uma comunicação focada em processos internos para uma comunicação focada em quem a utiliza, o cidadão, a cidadã.”
Trabalhando com Linguagem Simples em textos do serviço público desde 2020, Patricia explica que os benefícios da mudança vão muito além da clareza. “Simplificar não é empobrecer a comunicação, é torná-la eficiente. Um cidadão que entende um comunicado de primeira não precisa ligar para a repartição para tirar dúvidas, não preenche errado um formulário, não entra com recurso. É economia de tempo para os dois lados, menos retrabalho para o servidor e mais economia de dinheiro público.”
Patricia Matuchewski está disponível para entrevistas e pode comentar os seguintes tópicos:
- Comunicação pública: A linguagem que os órgãos públicos costumam usar;
- Desafios: Por que é tão difícil para o governo falar de forma simples? (Cultura, processos, etc.)
- Benefícios: As vantagens de usar a Linguagem Simples (para o cidadão e para a administração pública);
- O que muda com a lei: Como deve ser a comunicação pública a partir de agora;
- Para onde olhar: Exemplos de instituições que já usam a Linguagem Simples.
Patricia Matuchewski
Jornalista com especialização em Inovação, Transformação Digital e e-Gov e em Sociologia Política. Trabalha com Linguagem Simples em textos do serviço público e é facilitadora de oficinas sobre o tema. Coautora do Guia de Linguagem Simples do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e integrante do Núcleo Gestor da Rede Linguagem Simples Brasil. Também produz vídeos sobre o tema para as redes sociais.