quinta-feira, 20 novembro, 2025
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Equitação se torna alternativa ao excesso de telas na infância

Assessoria – Diante da necessidade urgente de um “detox digital“, o esporte surge como uma ferramenta poderosa para reverter o quadro. A atividade física, além dos benefícios fisiológicos clássicos (melhora cardiovascular, fortalecimento muscular), é essencial para a saúde mental. Ela estimula a produção de serotonina e betaendorfina, promovendo uma sensação de bem-estar e ajudando a tratar problemas como déficit de atenção, além de colaborar com a redução da ansiedade e depressão.

Em busca de tempo de qualidade, pais e responsáveis têm procurado o esporte como uma alternativa para manter os filhos em atividades fora das telas. Diante deste cenário, a equitação e o contato com a natureza são excelentes opções para crianças e adolescentes. De acordo com Carla Casoria, proprietária do Rancho São Ferdinando, localizado em Campo Largo, na região Metropolitana de Curitiba. o esporte traz inúmeros benefícios para as crianças. “A equitação é um esporte de interação, que exige foco, responsabilidade e desenvolve habilidades que a tela simplesmente não oferece. É uma desintoxicação em 4 patas,” afirma.

Locais como o Rancho São Ferdinando são exemplo de como a equitação pode ser um centro de desenvolvimento completo. A lida com o animal e a necessidade de coordenar o próprio corpo para guiar o cavalo exigem presença integral, tirando o foco dos estímulos rápidos e superficiais do mundo digital. É no contato com a natureza e com o cavalo que o jovem aprende a lidar com o tédio, a frustração e a disciplina, substituindo a recompensa instantânea pelo prazer da conquista e do relacionamento.

Entre uma série de modalidades esportivas, a equitação se destaca por oferecer um ambiente de conexão real e desafiador. A prática, que envolve a construção de um vínculo com o cavalo, estimula o desenvolvimento motor, melhorando equilíbrio, coordenação e consciência corporal, e traz ganhos significativos nas áreas cognitivas, emocionais e sociais em crianças e adolescentes.

“O contato com a natureza e o domínio real de um animal de grande porte ajudam no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Temos diversos relatos de pais afirmando que os alunos apresentam melhoras em diversas áreas da vida, principalmente comportamental”, reforça Carla Casoria.

Mães comemoram

De acordo com Adelita Pedroso de Deus, mãe de Maria Clara, seis anos, a prática da equitação mudou o comportamento da filha, que há sete meses vive a rotina de treinos semanais. “Percebemos que ela está muito mais disciplinada e focada. Ela sempre foi muito ativa e hoje, o que era uma brincadeira, se tornou algo que ela realmente gosta e se compromete, não faltando a nenhum treino”, conta.

O acesso a celulares e tablets não é mais uma preocupação. O interesse de Maria Clara é assistir a vídeos sobre treinamentos e provas de 3 tambores (competição de velocidade e agilidade, onde cavaleiro e cavalo devem contornar três tambores em um percurso triangular no menor tempo possível). “Ela pede muito pouco pelas telas. Isso acontece somente quando ela quer ver algo relacionado aos treinos”, relata a mãe.

Já no caso de Gabriel, nove anos, o esporte preenche boa parte de seus dias. A mãe, Kimberly Cruz Felix de Abreu, conta que, além da equitação, o filho pratica natação e capoeira. “Gabriel gosta de esportes e estar em contato com a natureza faz muito bem para ele. Percebo que, cada vez menos, ele procura o celular para se distrair”, afirma.

Excessos e prejuízos

Divulgação/ Rancho São Ferdinando

O fascínio pelas telas se tornou uma epidemia silenciosa entre crianças e adolescentes, um desafio crescente para a saúde pública e o desenvolvimento pleno da nova geração. Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta que 72% das crianças avaliadas tiveram aumento da depressão associado ao uso de telas. A pesquisa também destaca a diminuição do quociente de inteligência (QI) pelo uso exagerado de telas entre as crianças.

Os prejuízos são inúmeros, impactando desde o sono e a saúde física (obesidade, problemas de visão) até o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. A pesquisa revela ainda dificuldade de concentração, perda de memória e aumento preocupante em quadros de ansiedade, depressão e isolamento social. “O celular, muitas vezes usado para acalmar a frustração, acaba criando um ciclo de dependência, impedindo que os jovens desenvolvam a crucial capacidade de autorregulação emocional”, pondera a psicóloga Cris Aguiar, especialista em Neuropsicologia e Psicologia Sistêmica Familiar.

Rancho São Ferdinando

O Rancho São Ferdinando oferece aulas individuais, de segunda a sábado, com duração de 1 hora. Ao todo, são cinco instrutores disponíveis para os diferentes níveis de aprendizado, do iniciante ao treinamento para competição. Os alunos também aprendem cuidados básicos com o cavalo, tendo os primeiros contatos ainda no piquete, com aulas de introdução ao manejo e dinâmica alternada de acordo com a idade da criança.

Além de cavalos, o Rancho São Ferdinando também tem bois, gansos, pavões, carneiros e outros animais, em uma mini-fazenda que faz sucesso com as crianças. O espaço também conta com churrasqueira, redes para descanso e espaço de trabalho para os pais que aguardam os filhos fazerem aula, com Wi-Fi e café.

Serviço: Rancho São Ferdinando
Endereço: Rua Ferdinando Aleixo, 91 – Vila Dona Fina, Campo Largo
Informações: (41) 9208-6444
Redes Sociais: @rancho.saoferdinando

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