quinta-feira, 2 janeiro, 2025
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Economista apresenta panorama de macroeconomia para 2024 

Dando início ao ciclo de eventos empresariais de 2024, destinado a aprofundar informações sensíveis e estratégicas para o ambiente de negócios da Região Sul, o World Trade Center (WTC) Curitiba, Joinville e Porto Alegre realizou nesta semana o evento “Outlook 2024, macroeconomia e tributação”, exclusivo para convidados.

Em participação remota, o economista-chefe do Integral Group, Daniel Miraglia, apresentou aspectos do cenário macroeconômico e de investimentos para o ano, diante da conjuntura nacional e internacional.  Com 20 anos de atuação, o Integral Group é uma plataforma especializada em serviços financeiros e em tecnologia, sediada na Faria Lima, em São Paulo.

“Aproximadamente 70% do desempenho da nossa economia e da valorização dos nossos ativos está ligada a Estados Unidos e China. Existem três perguntas principais para se fazer no cenário brasileiro hoje. A primeira: quando se inicia o ciclo de queda de juros dos Estados Unidos, que está previsto para junho, com 33% de chances de estabilizar a taxa de juros. Segunda pergunta: a China fará um grande pacote de estímulos ao setor imobiliário? O governo chinês busca fazer com que a economia seja mais baseada no consumo e menos dependente de investimentos e construção imobiliária. E por fim, como andará a política fiscal do Brasil. Geralmente, início de governo é marcado por uma regra básica de política fiscal que poupa recursos, e só acelera gastos no período próximo à eleição. Mas esse governo está fazendo o contrário, já acelerou os gastos desde o início”, afirmou Miraglia.

Em resumo, segundo o economista, o Brasil está com queda de juros, expansão fiscal, diante do crescimento dos Estados Unidos (que não deve desacelerar até junho), e a China vai voltar a crescer. “Vamos ter um período, até 2025, em que o aspecto fiscal não será cobrado do governo brasileiro pelo mercado. Isso abre uma janela de oportunidades para o Brasil a partir de março no cenário base, quando o mercado entender que a taxa de juros norte-americana começa a cair. O dinheiro flui mais fácil quando essa taxa encontra equilíbrio, ao contrário do ano passado, em que ela estava muito volátil. Isso impacta investimentos, IPOs de empresas (Oferta Pública Inicial em bolsas) e muitas outras operações”, pontua.

Macroeconomia e panorama tributário

A temática da tributação também foi explorada pelos advogados Luciana Parise e Luis Eduardo Costa Lucas, respectivamente head da consultoria tributária e sócio em Brasília da consultoria tributária Martinelli Advogados.

“Tenho três recados sobre essa temática: se sua empresa apura benefícios de ICMS, revise detalhadamente cada um deles. Entenda como isso está determinado na sua relação com o governo estadual, para poder aderir à nova regra. Segundo: vá ao Judiciário e discuta o que for possível, por exemplo, o crédito presumido, que passou a ser tributado pelo PIS/Cofins. Terceiro: não deixe de negociar com o governo estadual. Isso é importante para que seu retorno seja mais rápido”, elencou Luciana.

Já Luis Eduardo abordou os bastidores do cenário de arrecadação fiscal em Brasília. “Estamos fazendo um ajuste de contas para cobrir um débito fiscal que vem desde os anos da pandemia. Estamos bem posicionados, mas é preciso fechar o ano em azul. O novo governo mapeou a situação fiscal em janeiro de 2023 e detectou pontos em que se é mais fácil gerar renda. Um desses pontos é o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), a alta cúpula que julga processos administrativos. É uma fiscalização de alta performance junto à Receita Federal, buscando mudar a roupagem e se aproximar do contribuinte”, explica.

O diálogo foi mediado por Diogo do Valle, head de tax cluster da Philip Morris International e presidente do Grupo de Tributos (TDG) do WTC, que também analisou perspectivas fiscais para os negócios, diante dos impactos da reforma tributária.

“Todos os anos, realizamos eventos de kick off de início de ciclo, com informações relevantes para que nossos empresários e empresas possam tomar decisões assertivas. Nossa tarefa é ajudá-los a fazer melhores negócios. Começamos terça (20) em Porto Alegre, passamos quarta (21) em Joinville e quinta (22) em Curitiba. O objetivo desse evento, passando por todas as cidades do WTC na Região Sul, é oferecer uma consultoria que ninguém pode contratar. É uma exclusividade para os associados e convidados do WTC”, afirma Daniella Abreu, presidente do WTC Curitiba, Joinville, Porto Alegre, Brasília e Sinop.

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