quarta-feira, 23 abril, 2025
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“É no choro que eu vou” espalha música pela cidade

Assessoria – O Dia Nacional do Choro foi criado em 23 de abril do ano 2000, em homenagem a data de nascimento de Pixinguinha – um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos. Dezesseis anos depois, as comemorações se estendem em Curitiba com a realização do Festival É no Choro que Eu Vou para celebrar o mestre e, ao mesmo tempo, fortalecer e difundir o choro em Curitiba.

O evento, que completa dez anos, foi idealizado pelos músicos Clayton Rodrigues, Jonas Lopes, João Luis Rodrigues, Marcela Zanette e pelo designer gráfico Renato Próspero. O Festival – que este ano homenageia a memória do maestro, músico e compositor Radamés Gnattali -,  acontece a partir desta terça-feira (22) e se estende até domingo (27) em vários pontos da cidade. Durante seis dias serão realizadas mais de 30 rodas de choro com dezenas de músicos da cidade que vão realizar apresentações gratuitas e pagas, oferecendo a oportunidade do público conhecer o passado, o presente e o futuro de um dos gêneros musicais mais importantes do Brasil.

Entre as atividades programadas para o Festival É no Choro que Eu Vou estão rodas de choro, lançamento do disco do grupo Choro Cruzado, palestra sobre Radamés Gnattali, com seu sobrinho Roberto Gnattali (que foi o primeiro coordenador do Conservatório de MPB de Curitiba), mostra de composições e a 5ª edição do Encontro de Choro da Unespar. O festival também convida instrumentistas de outras cidades para uma troca de experiências entre os músicos e o público de Curitiba. Este ano nomes importantes do choro nacional vão participar da programação. Além do maestro Roberto Gnattali (RJ), estão confirmados o flautista Toninho Carrasqueira (SP), o Duo Mitre (MG), o violonista Carlinhos 7 Cordas (RJ) e o grupo Choro Mulheril (SC).

O Festival acontece em vários pontos de Curitiba como Teatro Paiol, Ópera de Arame, Capela Santa Maria, Conservatório de MPB, na Feirinha do Largo da Ordem e em vários bares e restaurantes da cidade, nos horários mais variados.

Mulheril. Foto: Sabrina Stahelin

Entre 2016 e 2023, o festival foi realizado em Curitiba, contando com apoio do Mecenato Subsidiado em duas edições, do SESI Cultura e, em alguns anos, sendo produzido de forma independente. Ano passado, em sua 9ª edição, o projeto foi contemplado pelo PROFICE e tornou-se itinerante, passando pelas cidades de Antonina, Morretes e Tibagi. Ao longo de sua trajetória, o festival É no Choro que Eu Vou já prestou homenagens a ícones como Pixinguinha, Wilson Moreira, Paulinho da Viola, Waldir Azevedo e Altamiro Carrilho.

Em 2025, o festival retorna a Curitiba para celebrar a genialidade de Radamés Gnattali (1906 – 1988) que foi um dos maiores responsáveis pela diluição das fronteiras entre erudito e popular no Brasil. Gnattali foi pianista, compositor, arranjador e maestro. Atuou em praticamente todos os terrenos: deixou larga obra sinfônica e camerística e foi um dos mais importantes arranjadores brasileiros, com pelo menos cinco décadas de atuação na música popular, marcando gerações com sua versatilidade e influência no choro, no samba e na música sinfônica. Seu legado inclui cerca de 300 peças, entre solos para piano e violão, música de câmara e obras sinfônicas.

O principal objetivo do Festival É no Choro que Eu Vou é divulgar o choro, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil (IPHAN, 2024), por meio de apresentações em espaços públicos, teatros e bares. Muitas dessas apresentações terão entrada gratuita, enquanto outras contarão com ingressos a preços populares (R$10 e R$5), garantindo que um grande número de espectadores tenha acesso a essa música de inegável importância histórica e cultural.

O Festival É no Choro que Eu Vou – Um Sarau para Radamés celebra a tradição do choro, conectando o público a esse patrimônio da música brasileira. O projeto é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, por meio do Edital 251/2022 – Mecenato Subsidiado, com incentivo do Positivo. Se alguém perguntar onde estou, diga que “É no Choro que Eu Vou”! Viva o Choro!

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