Por Eloi Zanetti – Considerado o maior museu de arte da América Latina, o Museu Oscar Niemeyer (MON) rivaliza com museus mais antigos e famosos em números de projetos implantados e na gestão moderna e inclusiva. Só em atividades educativas, no ano passado, foram 160 com mais de 50 mil pessoas atendidas. Em visitação foram computadas 712 mil pessoas, número que cresce a cada ano.
O programa MON Para Todos atende autistas e é reconhecido nacional e internacionalmente. Já recebeu premiações e menções em diversos eventos do setor – como o Communicating The Arts (CTA) em Paris, além de ter participado do 11 Encontro Ibero-Americano de Museus em Lima no Peru e no 8 Fórum Nacional de Museus em Fortaleza – em ambos o MON expôs as suas atividades nas áreas de inclusão. Para facilitar as visitas, os textos das salas expositivas tiveram suas letras ampliadas a fim de atender pessoas com baixa visão, além dos recursos já existentes em braile, áudio e explicações em inglês. Também conta com profissional intérprete de Libras para atendimento às pessoas surdas e tradução nas atividades educativas.
Modernização constante
Recentemente entregou diversas obras de infraestrutura, como novos guarda-volumes e detector de metais, iluminação da área externa e câmeras de segurança, paisagismo, nova bilheteria e reforma do Café do MON, hoje um dos pontos de encontro mais simpáticos da cidade. Juliana Vosnika, diretora da instituição, explica que para a melhoria de gestão foram implantados sistema de pesquisa com visitantes e qualificações físicas na reserva técnica como a aquisição de novos equipamentos (trainéis deslizantes) para melhor acomodar a coleção permanente e a implantação de QR Codes para identificação das obras. Ocorreram ainda importantes modificações na segurança para a proteção do acervo, de visitantes e dos colaboradores.
Ampliação de cuidado do acervo
No ano passado houve a incorporação de 211 novas obras, a maioria por doação e restauradas cinco obras localizadas na área externa e pertencentes ao projeto MON Sem Paredes. A ampliação do programa Sou Patrono, criado em 2016, tem permitido ampliar o acervo. Várias parcerias institucionais permitiram levar importantes exposições a várias cidades do Paraná.
Identidade com Curitiba
Citado e divulgado em quase todos os canais digitais e mídias convencionais, o MON mostra o quanto é importante para a cidade e o Estado e criou para o curitibano um forte senso de pertencimento.
Atividades educativas
As oficinas, laboratórios, visitas mediadas, formações e palestras atenderam quase sete mil pessoas que vão desde programas para crianças até idosos.
Juliana ressalta que quem vê uma exposição não tem ideia de quanto trabalho aconteceu antes das obras serem expostas. As atividades iniciam com contatos com colecionadores, artistas e outros museus; transportes com cuidados especiais, seguros, logística, ambientação, climatização das obras, segurança e divulgação. “Nossa equipe se profissionaliza cada vez mais e hoje podemos dizer que administramos o MON como se administra uma empresa moderna”.