terça-feira, 27 maio, 2025
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DEPUTADA MARIA VITÓRIA PODE SER A ALTERNATIVA PARA VICE DE RAFAEL VALDOMIRO

Contratos da Prefeitura com IABAS, com firma envolvida na Lava Jato e os R$ 200 milhões para os ônibus serão apenas uma parte da grande bateria de ataques que Greca sofrerá.

Maria Victoria Barros

Quem apostou na desistência da candidatura de Ney Leprevost a prefeito de Curitiba, deu-se mal, pois ele, ao sair da SEJU, está mesmo confirmando a promessa de lutar pela Prefeitura de sua cidade, a Curitiba de que seu avô foi prefeito.

No meio das inúmeras jogadas que devem ter composto esse período de espera e indecisões – pois não eram poucos os que achavam que Leprevost desistiria do páreo -, há pelo menos um grande perdedor. Ele é o jovem, boa praça, bem preparado administrador, Eduardo Pimentel Slaviero, que tem no sangue o exemplo de seu avô, o ex-governador Paulo Pimentel, executor de um governo de históricas conquistas para o Paraná. Foi personagem de meu livro Vozes do Paraná, Retratos de Paranaenses, volume 11.

 

Eduardo Pimentel

Cabe uma pergunta que não cala: o vice-prefeito não teria sido vítima de seu próprio entorno no Palácio 29 de Março, onde o todo clima concorre para as tramas mais maquiavélicas possíveis?

Resumo: Eduardo Pimentel Slaviero, ao filiar ao PSD, sabendo da notória candidatura de Ney, aprovada em convenção e com o “placet” do governador Ratinho Junior, perdeu o bonde da próxima eleição, não podendo mais tentar reeleição de vice ao lado do alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo. Muito menos de concorrer a prefeito ou vice pelo PSD ou qualquer outro partido.

 

MARIA VITÓRIA, A VICE

Quem Greca vai escolher como vice?

Em meio a inúmeras jogadas políticas em articulação – que passam pelas “tendas”, sem falar no grupo já montado para operar arrecadação de recursos -, reaparece um nome que nunca deixou de estar no páreo para vice. É a deputada Maria Vitória Borghetti Barros.

O habilíssimo articulador político que é seu pai, Ricardo Barros, em conversas reservadas, tem deixado claro que Maria Vitória estaria correndo mais ou menos sozinha para ser a vice de Greca de Macedo.

Se isso se consumar, e acho que tem tudo para acontecer, será a “feliz junção” da Bela e a Fera. Será um consórcio em que a mocidade e a boa saúde da parlamentar, além do carisma familiar, serão elementos muito fortes no futuro páreo eleitoral.

Com a jovem de vice, o perfeito contraste com Rafael estará feito, também no plano de um currículo sem manchas…

Ney Leprevost, Francischini, Ducci, Arruda e Gustavo Fruet: os mais cotados opositores

PRESTANDO CONTAS

Sem cantar vitórias, Ney saiu da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho da forma mais civilizada possível, agradecendo ao governador Ratinho Jr. e aos paranaenses por ter servido ao estado. Fez num discurso na tarde de quarta, uma sustentável prestação de contas.

Foi mesmo um servidor exemplar, os números de seus feitos são explicativos de um bom trabalho.

Diante desse quadro, a sorte está lançada. O alcaide vai tentar com inúmeros “apoios” a reeleição, e, pressuroso, apresentará um “portfólio de obras”, com destaque para o asfalto.

“O curitibano adora asfaltos”, me lembrava dias atrás Kiko Gemael, um nome indissociável das melhores campanhas eleitorais que se fizeram no Brasil, via rádio e TV, desde os anos em que atuou na produtora G.W.

 

PORÕES DA PREFEITURA

Além de obras, estou certo que se exporão, negativamente, muitos “porões” da administração Greca de Macedo, situações nebulosas e arranjos administrativos injustificados. Acho que, se houver inteligência entre seus opositores, Fruet, Francischini, Ney, João Arruda e Ducci (os mais fortes deles) poderão colocar o alcaide numa enorme saia justa.

Para defender-se, Rafael Valdomiro terá de explorar com mais amplidão do que aquela com que já se expressa, sua capacidade histriônica, teatral, na defesa gongórica da sua segunda administração.

 

Ricardo Barros: a presença e recursos do PP

PREFERÊNCIAS PESSOAIS

Se alguém pensa que explorar as preferências que o alcaide mostra por certos assessores – como Lucas Navarro de Souza, por exemplo – pode dar votos, está redondamente enganado. A sociedade de hoje em dia não está preocupada com esses “timbres pessoais”, mas está querendo, isso sim, que se expliquem relações mais nebulosas, a dependência milionária do ICI com sua a “tenda” digital bilionária que se perpetua na `Prefeitura e que, em vão, Gustavo Fruet quis exorcizar de vez.

O CASO DOS ÔNIBUS

O mais difícil será Greca defender-se de uma velha relação que o liga a empresas do sistema de transporte urbano, e para as quais, entrega R$ 200 milhões de reais em tempos de dores e mortes, desemprego, crise econômica e incertezas.

Claro que o prefeito terá mil e uma escapatórias e se apoiará no auxílio-lógica de bons marquetólogos, talvez Cattani e Beto Pacheco para se defender. Dirá, com toda certeza que a grana para os ônibus é toda revestida do legal. Essa legalidade não está no primado da questão.

DIAS DE DORES

Greca só não poderá se defender dessa uma dura realidade: entregar R$ 200 milhões nesses dias de mortes, miséria, dores, pandemia, filas de necessitados em busca de R$ 600,00 em tempos de quarentena, é uma realidade difícil de ser deglutida.

Isso sem contar que ainda terá de se defender dos contratos que a Prefeitura fez na área de saúde com organizações sociais, como o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Atenção à Saúde), que estão no epicentro de escândalos de desvios de recursos na Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro.

 

IABAS, UM ROLO

São rastros de irregularidades que exigirão, acredita-se, ações do Ministério Público. Assim como serão pedidas ao prefeito explicações de eventuais relações do Iabas e outras organizações com políticos curitibanos da base de apoio de Greca na Câmara Municipal.

Na terra da República de Curitiba – embora Moro esteja no momento em baixa – o alcaide terá ainda que dar outras explicações, como a entrega de obras milionárias da Prefeitura a empresas cujos diretores são réus na Lava Jato. É isso mesmo.

Matilde da Luz

Por essas e outras é que o Rafael Valdomiro distribui releases e gestos de marketing, instalado em sua paradisíaca chácara, ao lado da velha senhora Margarita, 77 anos, anunciando, como quem estala os beiços:

– Estou aqui me cuidando, tomando meus caldinhos…!!!

Dona Matilde da Luz, também velha senhora, funcionária aposentada da Prefeitura de Curitiba, ao ler a notícia dos caldinhos, saiu-se com essa:

“A prudência teria de ter vindo antes dos caldos de galinha…”

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WITZEL AFASTA IABAS DA GESTÃO DE HOSPITAIS DE CAMPANHA NO RIO

 

Investigado por corrupção, governador publicou decreto anulando contrato e termos aditivos com Organização Social suspeitos de irregularidades

Por Cássio Bruno (Veja)

Pivô de denúncias de corrupção, a Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básico à Saúde (Iabas) foi afastada da construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, 3, o governador Wilson Witzel determinou, por meio de decreto, a anulação do contrato e dos termos aditivos suspeitos de irregularidades. A secretaria estadual de Saúde assumirá a gestão dessas unidades, que não foram inauguradas até hoje para tratar pacientes infectados com o novo coronavírus.

“O governo vai requisitar todo o equipamento e mão-de-obra no combate à pandemia, assim como a conclusão das obras. Com a intervenção, a Fundação Estadual de Saúde fica responsável por administrar os sete hospitais de campanha para enfrentamento da Covid-19: Maracanã, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu”, diz a nota oficial divulgada pelo governo do Rio.

Hospital de campanha do Maracanã
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