Na sexta-feira, o ex-presidente Lula vai almoçar com o presidente Mujica, do Uruguai, em Montevideo.
Será o derradeiro encontro dos dois líderes latino-americano antes de o “mais pobre dos presidentes” deixar o Governo. Será também uma oportunidade de os dois avaliarem os avanços sociais que contabilizam a favor de governos de esquerda na A.Latina.
Já a agenda de Lula, para hoje, indica que estará em Foz do Iguaçu,”uma cidade pela qual ele sempre mostrou especial atenção”, disse à coluna, ontem, o educador e jornalista Paulino Motter, chefe do gabinete de Jorge Samek na Binacional Itaipu.
2 – SEIS VISITAS
Motter recordou que em seus dois governos, Lula visitou pelo menos 6 vezes Foz e participou de eventos promovidos em Itaipu.
Nessas visitas, manifestou grande apoio a um dos projetos mais caros a Samek e ao pessoal de Itaipu, o Cultivando Água Boa.
Durante sessão do 12 Encontro do Cultivando Água Boa, quando dialogará com diversos atores sociais envolvidos no trabalho, Lula deverá também fazer um balanço de 12 anos dos governos do PT, adiantou Motter.
3 – TEMAS DA HORA
Carismático como só ele, Lula é uma grande oportunidade para a boa pauta jornalística, para entrevista do líder por jornalistas profissionais (o que não pode ser confundido com os blogueiros petistas). Oportunidade, por exemplo, para ouvi-lo sobre temas que estão muito próximos, como a Operação Lava Jato. Ou sobre seu relacionamento com a presidente Dilma.
4 – COMEÇO DA CARREIRA
Uma curiosidade: quando Lula estava tentando era candidato à Presidência, em 1989 (contra Collor), ele ficou hospedado na fazenda da família Samek, em Foz. Isso para desgosto de João Samek (in memoriam), o pai de Jorge Samek que, inconformado com a presença do hóspede – amigo muito próximo do filho – simplesmente saiu de casa.
Ficou fora da fazenda, não se conformava com a presença do líder, então fortemente identificado com a esquerda.
Para seu João, Lula seria sinônimo de subversão da ordem… Quem me narrou o fato foi o próprio Jorge Samek, e a história está no o volume 2 de meu livro Vozes do Paraná.
5 – DESGOSTO DO PAI
Seu João Samek, um proprietário rural de centenas de alqueires de boa terra próxima a Foz do Iguaçu, era, em 1989, um dos diretores da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). Ocupou a posição por dois mandatos. Um deles, na presidência de Paulo Carneiro Ribeiro.
Homem simples, muito inteligente e bem articulado, João era uma força no meio ruralista do Oeste e Sudoeste do Paraná.
E não poucas vezes seus adversários chegaram a apontar-lhe como ligado à UDR, organização ruralista tida como de linha radical à direita.
O que, claro, era pura maldade.