
Congresso em Foco
De acordo com a última pesquisa do Instituto Datafolha, o presidente Jair Bolsonaro é rejeitado por 61% do eleitorado feminino. A desconfiança que as mulheres, que são a maioria da população brasileira, têm de Bolsonaro é uma das suas maiores dificuldades na sua tentativa de reeleição.
Certamente, as acusações de assédio sexual do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães em nada ajudaram a reverter esse quadro. Assim, nesta semana, os articuladores da candidatura do presidente voltaram a cogitar a ideia de substituir o ex-ministro da Defesa e ex-assessor especial da Presidência general Braga Neto, que deixou o governo esta semana e é favorito para ser o candidato a vice de Bolsonaro por uma mulher como sua companheira de chapa. No caso, dois nomes entram nessa cogitação: a ex-ministra da Mulher Damares Alves e a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina.
Nesta entrevista ao Congresso em Foco, uma dessas mulheres aponta a sua preferência. Para Damares, o melhor nome para formar a chapa com Bolsonaro seria Tereza Cristina. “Eu sou doida”, resume Damares, referindo-se a ela mesma.
Doida ou não, a ex-ministra, pastora evangélica da Igreja Lagoinha, aponta a sua preferência como trajetória política pela candidatura ao Senado no Distrito Federal pelo Republicanos. Para comprar brigas. Primeiro, com a também ex-ministra Flávia Arruda, com quem não se importa de vir a disputar votos. Depois, caso eleita senadora, com figurões da base do governo, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disposta a brigar contra o chamado Orçamento secreto e as emendas de relator do tipo RP-9.
Na entrevista, Damares ainda chama o pastor Arilton Moura, envolvido no escândalo do Ministério da Educação de “sacana”. E diz que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pode ter sigo ingênuo ao cair na conversa dele.
