segunda-feira, 30 junho, 2025
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CURITIBA E REGIÃO TÊM APENAS 1.625 RESPIRADORES PARA ESTIMADOS 365.500 CONTAMINADOS

Estatísticas indicam que RMC tem apenas 981 leitos de UTI

Respirador e leito de UTI

Com 29 municípios, a 2ª regional do SUS, que abarca Curitiba e região metropolitana, tem a maior população do estado do Paraná. Tendo como parâmetro os mesmos 10% de contaminados, 365.496 seriam acometidos, dos quais 18.274 casos graves iriam requerer tratamento intensivo com respiradores. A região dispõe de apenas 981 leitos de UTI e 1.625 respiradores.

A fonte de informação é a Superintendência de Comunicação Social da UFPR.

Curitiba

HOSPITAL DE CAMPANHA

O amplo estudo, apresentado pela professora Carla Straube, está no site da Universidade Federal do Paraná.

Ao mesmo tempo em que esses números são expostos (no caso, a coluna focaliza apenas as regiões do SUS Curitiba e Região Metropolitana e Litoral) especialistas em saúde pública indagam: “Por quê Curitiba ainda não instalou hospitais de campanha?”.

A pergunta deve ser encaminhada ao alcaide Rafael Waldomiro Greca de Macedo.

E o raciocínio de virologistas da Secretaria Estadual de Saúde é este: “Se nada de mais acontecer, perde-se apenas pequeno investimento. Mas se confirmadas as previsões de infectados, a falta de hospitais levará à perda de vida. E vidas não têm reposição”.

 

FALTA TUDO

Uma análise baseada em projeções matemáticas realizadas pela Imperial College London indica que, aproximadamente, 30 mil pessoas serão infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em todo o litoral do estado do Paraná. Destas, 19%, o correspondente a 5.643, precisarão de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos.

Formado por sete municípios, o litoral dispõe de apenas 21 leitos de UTI, situados em Paranaguá, que devem atender toda a região.

Centro de Paranaguá, com vista-da-Ilha_da_Cotinga

SÃO 10% DA POPULAÇÃO

O estudo feito pelo Programa Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde Litoral) partiu do princípio de que 10% da população litorânea seria infectada, observando um cenário real em que não existe uma supressão generalizada da circulação de pessoas. A análise britânica para o Brasil, que fundamentou a investigação, aponta cinco cenários diferentes, de acordo com as medidas adotadas pelo país. No pior deles, sem nenhuma mitigação na circulação de pessoas, 88% da população brasileira seria contaminada.

 

OUTROS PANORAMAS

Os outros panoramas comparam o distanciamento social em diferentes níveis. Com distanciamento social de toda a população, 57% seria infectada (cenário 2). Havendo distanciamento social e reforço do isolamento dos idosos, 55% seria contaminada (cenário 3). Com a supressão tardia da circulação de pessoas, 23% se infectariam (cenário 4), enquanto que a supressão precoce da circulação resultaria em apenas 5% de contaminados (cenário 5).

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