Prefeitura de Curitiba – O vice-prefeito de Curitiba e secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel, representou o prefeito Rafael Greca em reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, e defendeu um plano nacional para o transporte público, que contemple subsídio federal para financiar o setor nas grandes e médias cidades. Pimentel destacou a necessidade do envolvimento do governo federal no suporte aos projetos de eletromobilidade, à gratuidade dos idosos e ao financiamento com juros subsidiados para obras ligadas ao transporte coletivo.
“É urgente que o governo federal participe dessa discussão para criar uma política para o transporte coletivo. Precisamos de união entre os municípios para que possamos construir um plano nacional para o setor. Nossa prioridade é a criação de um marco regulatório, desoneração da folha e a gratuidade dos idosos”, afirmou ele, que estava acompanhado do presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, e do secretário municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, Cristiano Hotz.
Marco regulatório
Pimentel apresentou os avanços e projetos de eletromobilidade de Curitiba. “O prefeito Rafael Greca anunciou a compra de 70 ônibus elétricos e eu autorizei os editais de R$ 864 milhões para as obras de infraestrutura para o novo Inter 2”, ressaltou.
Segundo o presidente da Urbs, o grupo da FNP instituiu uma comissão para acompanhar junto ao Congresso e ao governo federal a tramitação do marco regulatório, do fundo tripartite, com participação dos municípios, estados e governo federal, e dos aperfeiçoamentos jurídicos para o transporte coletivo.
Diagnóstico do transporte
Durante a reunião foi apresentado um diagnóstico do transporte público em grande parte dos municípios. As cidades enfrentam o desafio de bancar um transporte coletivo cada vez mais caro – com aumento dos custos acima da inflação – e com uma demanda ainda abaixo do período pré-pandemia. Houve uma queda no número de passageiros nos últimos 20 anos em todas as faixas de renda. “Após a pandemia, a demanda está entre 70% e 80% da capacidade de 2019”, completou o secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre.
“Temos que nos unir e pressionar o governo para conseguir os recursos prometidos no Projeto de Lei 4392/2021 de R$ 5 bilhões para esse ano, outros R$ 5 bilhões para o ano que vem e mais outros R$ 5 bilhões para 2025”, disse Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju (SE) e presidente da FNP.