Por Zaga Mattos – Pois é… eu nem imaginava; mas cheguei cá! Logo eu, seguidor daquela frase de incentivo para ter companhia num final de noite: deixa disso, a noite ainda é uma criança.
Não me entreguei ao chinelo, tampouco às novelas. Vez ou outra, uma série curta. Mas, decididamente, já não sou mais aquele do “chova ou faça sol, tô lá!”
Há pouco, depois de recolher a fornada de pão que fiz, liguei para minha filha mais velha, comunicando que o pão já estava pronto e que viesse buscar o seu. Entrega feita, atirei-me à ociosidade. Àquela do tipo “com dignidade”. Desfeito do traje de recepção, calcei as sandálias da humildade e dei-me a pensar: sexta-feira; serviços domésticos concluídos, pão feito… E agora, Zaga?
Agora a disposição é outra. Estou mais para mim do que para os outros. Não que os afaste, mas este é o meu momento. Não percorro com o pensamento os momentos vividos. Não viajo, na imaginação, pelos caminhos percorridos. A música que me acompanha, em tom de surdina, não faz cócegas nos pés e muito menos aviva meu olhar. Apenas volto-me para o meu interior.
Para dar fluidez ao pensamento, resolvi jogar umas pedras de gelo, feita com água de coco, sobre o uísque. Busquei um porta-copo e a marca estampada na peça foi como uma armadilha do destino, revolvendo minhas lembranças.
Transportou-me para momentos memoráveis: dentre comemorações familiares, encontro com amigos e conversas inesquecíveis.
Salvou a minha sexta-feira. De todos aqueles momentos restaram boas lembranças. Quando olhamos pelo retrovisor e não vemos imagens para serem esquecidas é porque a viagem tem sido boa. Merece a placa, à beira da estrada: Boa Viagem!
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*Zaga Mattos é autor do livro “Memórias de um boêmio de chinelos! Pedido de livro: Whatsapp 47-99925-6161 ou e-book na Amazon. Luiz Gonzaga de Mattos, é jornalista “curitibano-barriga verde” e escritor. Cronista do cotidiano e da boemia, também faz as tirinhas e charges da home do Mural do Paraná – desde os tempos do Blog do Aroldo Murá.
