terça-feira, 18 novembro, 2025
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Congresso de Insuficiência Cardíaca terá participação de associações de pacientes

Marlene Oliveira, fundadora do Instituto Lado a Lado. Divulgação

EIC 2022 ocorre do dia 30 de junho a 2 de julho, em Curitiba

Assessoria

O Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca – DEIC 2022, que ocorre de 30 de junho a 2 de julho, na Expo Unimed em Curitiba (PR), traz uma novidade em eventos científicos: terá a presença de pacientes, representados por associações, para discutir a participação em condutas terapêuticas. “Como cardiologistas, sempre soubemos o que queremos que o paciente faça, mas nunca ouvimos dos pacientes o que eles realmente precisam e o que querem ter de orientação”, considera o presidente do DEIC (Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia), o cardiologista Dr. Múcio Tavares de Oliveira Júnior.

A participação será na Mesa Redonda “Como Trabalhar com Associações de Pacientes no Atendimento ao Paciente? Qual é o Papel das Associações na Jornada do Paciente?”, que ocorre no dia 2 de julho, no auditório Arena, e contará com a Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (Abraf), Associação de Diabetes Juvenis, Instituto Lado a Lado e o Crônicos do Dia a Dia (CDD). “Ter a participação das associações de pacientes vai trazer uma oxigenação ao evento mostrando e debatendo as necessidades do outro lado da mesa”, destaca Dr. Múcio.

Para Flávia Lima, presidente da Abraf, essa aproximação entre associações de pacientes e sociedade médica é muito importante e inovadora. “Todos temos um objetivo em comum: o melhor cuidado para os pacientes. As associações de pacientes têm um papel fundamental na educação e no compartilhamento de informações para a sociedade. Elas precisam participar de congressos científicos, estarem atualizadas com a ciência e dos melhores tratamentos, para que possam repassar esse conhecimento aos pacientes”, diz.

A presidente do Instituto Lado a Lado, Marlene Oliveira, concorda e destaca que esse é um avanço para todos os envolvidos. “Essa aproximação é um ganho para o paciente, para a comunidade científica e para a sociedade como um todo. Fazer essa associação com a academia é muito importante, pois os pacientes querem cada vez mais informações e ser envolvidos na tomada de decisões”, considera.

Flávia explica que são os pacientes que vivem o adoecimento no dia a dia e, portanto, têm direito de obter mais informações sobre a enfermidade. “São eles que sentem a doença no corpo e entendem como ela afeta as suas vidas. Precisamos lembrar que essas pessoas têm um saber e um conhecimento sobre a doença, assim, elas têm o direito de buscar mais informações para que possam decidir, junto com os profissionais de saúde, as melhores estratégias de cuidado. Com informações, as pessoas se sentem empoderadas e podem participar das decisões que vão afetar o seu tratamento”, avalia.

Marlene lembra que é preciso aproximar mais médicos e pacientes no dia a dia. “Colocar o paciente no centro do cuidado e ter a aproximação dos médicos, entendendo as suas dores, pois existe um abismo muito grande entre as partes, e precisamos criar pontes”, complementa.

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