Assessoria – Marcando os 80 anos da liberação de Auschwitz, a Federação Israelita do Paraná (FEIP) e o Museu do Holocausto de Curitiba promoveram, na segunda-feira (27), com apoio do Centro Israelita do Paraná e da B’nai B’rith, um evento em comemoração ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Estiveram presentes, em nome da Federação, os vice-presidentes Fernando Brodeschi e Isac Baril, e as secretárias Diana Axelrud Camlot e Frances Baras. O coordenador-geral do Museu do Holocausto, Carlos Reiss, representou a instituição. A solenidade também contou com a participação de membros da comunidade israelita do Paraná e representantes de entidades sociais, culturais e políticas do estado.
O evento foi marcado pela abertura da antessala reformada do Museu do Holocausto, que agora apresenta novas histórias pessoais, depoimentos e objetos que humanizam a memória das vítimas, além de recursos de acessibilidade e narrativas de outros grupos perseguidos pelo nazismo.
Também foram inauguradas obras doadas em homenagem aos sobreviventes Max e Hinda Epelzwajg, que reconstruíram suas vidas em Curitiba. Outro ponto alto foi a participação de Gabriel Waldman, autor e sobrevivente do Holocausto, que palestrou no evento e, após o encontro, lançou seu livro “Ingrid, a filha do comandante”, com direito a uma sessão de autógrafos.
Liberação de Auschwitz
Em janeiro de 1945, os soviéticos liberaram Auschwitz, o maior de todos os campos de concentração e de extermínio. Quando os soldados entraram naquele campo, os nazistas já haviam retirado a maioria dos prisioneiros, obrigando-os a marchar rumo ao oeste da Alemanha nas infamemente conhecidas “marchas da morte”, mas os soviéticos ainda encontraram vivos milhares de prisioneiros esqueléticos, tendo provas em abundância do extermínio em massa efetuado em Auschwitz.
Embora os alemães em fuga houvessem destruído a maioria dos depósitos daquele campo, nos demais os soviéticos encontraram os pertences das vítimas roubados pelos nazistas, bem como centenas de milhares de ternos masculinos, cerca de 800 mil vestidos, e mais de 7 mil quilos de cabelo. Nos meses seguintes, os soviéticos liberaram mais campos nos paises Bálticos e na Polônia e, um pouco antes da rendição alemã, eles já haviam conseguido libertar os prisioneiros dos campos de Stutthof, Sachasenhausen e Ravensbrück.