Não tenho visto, lido ou discutido e percebido que algum outro país tenha uma distribuição, uma formação de seu PIB com tantos pequenos. Nem quero ingressar em definir o que seria pequeno, médio, pela aí.
Temos tanta divagação que acaba ficando difícil definir pela Lei. Mas na prática, o que se sabe e faz mito tempo, é que um terço do nosso PIB, de nossa riqueza produtiva, é gerada pelos pequenos empresários! Pelas pequenas Empresas.
Quem hoje navega pelos setenta, como eu, sabe que que o famoso CEAG (Centro de Apoio a Pequena Empresa) deu um start fantástico na organização, identificação e principalmente, alavancou o crescimento, a criação das pequenas empresas brasileiras.
Hoje, com o potente Sebrae (talvez o mais importante do Sistema S), temos uma atuação maiúscula, de gente grande, na geração de novos empregos, no crescimento do PIB e na manutenção da renda das pessoas.
Nesse mês de novembro que passou, 8 de cada 10 novos empregos foram gerados pelos pequenos. E pelo 10º mês seguido nesse ano!
Nossa Economia tem aí uns 43 ou 44 milhões de trabalhadores com vínculo formal. E pasmem! Sério: o IBGE confirma! Outros 35 ou mais milhões de informais. Quase daria pra fazer um lindo artigo sobre esses informais. Eta gente especial.
Vamos lá:
O PIB vai então ao final de cada ano, depender das grandes que puxam lá mais de 2/3 dele. Só que cada vez mais com menos gente. A tecnologia ocupando espaço, substituindo braços. No campo, o trator e até o drone, mandam cada mais e rapidamente, gente embora.
Bancos, com seus bilhões de resultados líquidos, nem se fala. Aí, a turma se mantém na carteira assinada, no salário do final do mês, nas pequenas!
Na campanha que terminou há pouco (terminou?) apoio e ajuda pra pequenas empresas foi assunto permanente. Expressões como MEI, isenção, tomaram conta de discursos.
Tomara que não fique nos discursos. O informal sempre sonha em ter sua micro empresa, sua pequena empresa, seu CNPJ!
Ninguém nasce grande. Toda história das macro empresas tem lá seu DNA original num lojinha ou cantinho embaixo de alguma escada.
Por isso, temos que respeitar, enaltecer e sempre apoiar, tudo que se queira fazer a favor dessas mini- empresas.
Que são pequenas, mas grandes. Muito grandes!
(*) Éricoh Morbiz foi diretor da CIC, dirigiu sindicato patronal de shoppings em Curitiba e é tido como um dos bons “olheiros do futuro” do país.